Segundo o canal norte-americano 'CBS', o Saudi Media Group está disposto a comandar o time de Londres nos próximos anos; clube foi colocado à venda após sanções do governo britânico sobre o magnata russo com Vladimir Putin
A imprensa inglesa divulgou nesta segunda-feira, 14, que o Saudi Media Group, da Arábia Saudita, teria feito uma oferta de 2,7 bilhões de libras (R$ 18 bilhões na cotação atual) para comprar o Chelsea de Roman Abramovich. No início de março, o bilionário russo colocou o clube à venda após sofrer críticas da opinião pública e sanções do governo britânico, por conta de seu envolvimento com Vladimir Putin, que ordenou a invasão da Ucrânia pelas tropas russas.
Segundo o canal de televisão norte-americano CBS, afirmou que a proposta teria partido de Mohamed Alkhereiji, diretor do grupo de mídia e CEO da empresa de engenharia Engineer Holding Group. O bilionário estudou no Reino Unido, na Business School, em Londres, e é torcedor fanático do Chelsea.
Segundo consta, Alkhereiji não teria ligações com o governo saudita, o que facilitaria uma futura negociação com o Chelsea e o Reino Unido, que "controla" a situação do clube desde as sanções sobre Abramovich. No final do ano passado, a venda do Newcastle para o grupo controlado pelo príncipe Mohammed Bin Salman demorou a se concretizar por conta de sua relação direta com a monarquia saudita.
Entretanto, Alkhereiji não possui garantias bancárias suficientes para o negócio, necessitando assim de parceiros. Dentres eles, está Mohammed bin Khalid Al Saud, diretor da Saudi Telecom Company (STC), empresa estatal de telecomunicações do país, e por conta disso não poderia entrar oficialmente na negociação.
A operação também contaria com uma reforma do Stamford Bridge, estádio do Chelsea, e investimentos no futebol feminino. Além disso, caso o clube venha realmente a trocar seu patrocinador master, uma nova companhia aérea da Arábia Saudita seria a mais provável a substituir a "Three", empresa de telefonia móvel, na parte frontal da camisa.
Desde a última quinta-feira, 10, o Chelsea opera sob uma licença especial concedida pelo governo britânico, que possibilita seguir existindo como um clube de futebol. Apesar de não conseguir vender ou contratar novos jogadores, o Reino Unido se mostrou disposto a auxiliar na venda do Chelsea, desde que "Abramovich não fosse beneficiado no processo".
O Estado de S.Paulo