sábado, 27 de novembro de 2021

Para conter migração aos EUA, México passa a exigir visto de brasileiros

De acordo com nota da Embaixada do México no Brasil, a medida, que começa a valer em 11 de dezembro, é temporária


Bandeira do México | Foto: Reprodução/Presidência do México
Bandeira do México | Foto: Reprodução/Presidência do México

O México anunciou nesta sexta-feira, 26, que vai voltar a exigir visto para que brasileiros viagem ao país. A mudança começa a valer em 11 de dezembro.

Segundo a embaixada mexicana, a medida foi tomada “como parte dos esforços do governo do México para ordenar os fluxos migratórios e combater os abusos por parte de redes de organizações criminosas dedicadas ao tráfico ilícito de pessoas”.

Um acordo, que entrou em vigor em 2004, entre Brasil e México revoga a necessidade de visto entre os dois países. Conforme nota da embaixada mexicana, a medida é temporária.

“Essa decisão se deve ao aumento dos fluxos irregulares, visto que, infelizmente, grupos criminosos lucram, com base em enganos, do interesse de cidadãos brasileiros em migrar irregularmente para os Estados Unidos através do México, sob a proteção da facilidade concedida pelo referido acordo, para fins diferentes daqueles para os quais foi originalmente estabelecido”.

Quem viajar ao país por via aérea poderá preencher gratuitamente um formulário denominado “Autorização Eletrônica”. Por outro lado, os brasileiros que viajam ao território mexicano por via terrestre ou marítima devem solicitar o visto físico.

“O governo do México está trabalhando desde o momento em estreita coordenação com as autoridades brasileiras para promover a migração regular e documentada com a finalidade de proteger a integridade de migrantes, intercambiar informação e auxiliar na luta contra o tráfico e contrabando de pessoas”.

A nota da Embaixada do México ainda afirma que trabalha para “restabelecer a supressão de vistos, a fim de continuar fortalecendo os laços históricos de cooperação, turismo e relações políticas entre nossas nações”.

“Nesse sentido, se prevê realizarem consultas bilaterais para avaliar o impacto dessa medida em um prazo não superior a seis meses”, finaliza a embaixada.

Afonso Marangoni, Revista Oeste