A seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) elegeu a advogada criminalista e professora Patrícia Vanzolini, de 49 anos, sua nova presidente. Em uma disputa acirrada, o resultado só foi conhecido na madrugada desta sexta-feira, 26.
Vanzolini vai comandar a entidade pelos próximos três anos, até o fim de 2024. Trata-se da primeira mulher eleita para a presidência da OAB-SP em quase 90 anos de história do órgão, fundado em 1932.
A presidente eleita obteve mais de 64 mil votos (35,8%), ante quase 59 mil de Caio Augusto Silva dos Santos (32,7%) e 18 mil de Dora Cavalcanti (10,2%).
Cinco chapas concorreram ao comando da OAB-SP. Em quarto e quinto lugares, praticamente empatados, ficaram o criminalista Mário de Oliveira Filho e o consultor jurídico Alfredo Scaff.
Perfil
Patrícia Vanzolini é mestre e doutora em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Ela é professora na Universidade Presbiteriana Mackenzie e no Damásio Educacional. A nova presidente da entidade ingressou na OAB em 2002.
“Mais do que representar a primeira mulher no comando da maior seccional do país, reconheço o peso da responsabilidade que é reconstruir a OAB com meu compromisso de atuar na defesa intransigente das prerrogativas de todos os advogados e da valorização da profissão, do primeiro ao último dia de meu mandato”, afirmou Vanzolini em nota.
A eleição
A seccional de São Paulo da Ordem é a maior do país. A disputa aconteceu em uma atmosfera beligerante. Todavia, os participantes procuraram se desvincular da política partidária para que isso não rachasse sua base de votos. Uma das bandeiras defendidas foi a maior transparência nas contas do órgão.
Pela primeira vez, as chapas na disputa precisaram observar regras de paridade entre os sexos. Do mesmo modo, outra novidade foi a reserva de 30% das candidaturas para advogados negros e pardos.
Revista Oeste