sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Queiroga: sem registro definitivo, CoronaVac não será usada para 3ª dose

 'Questão de segurança da população', justificou o ministro da Saúde


Marcelo Queiroga descartou utilização da CoronaVac para a dose de reforço contra a covid-19
Marcelo Queiroga descartou utilização da CoronaVac para a dose de reforço contra a covid-19 | Foto: Tony Winston/MS

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reiterou nesta sexta-feira, 3, que a vacina chinesa CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica Sinovac e distribuída no Brasil pelo Instituto Butantan, não será utilizada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) para aplicação da dose de reforço contra a covid-19.

De acordo com o ministro, apenas imunizantes que tenham obtido o registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) serão utilizados pelo governo federal. Não é o caso da CoronaVac, pelo menos até o momento — a vacina chinesa só recebeu autorização para uso emergencial.

“É necessário que haja a aprovação dos imunizantes para aplicação nesses grupos específicos. Não podemos colocar qualquer imunizante. Se não tiver a aprovação definitiva da Anvisa, nós não vamos aplicar através do PNI”, disse Queiroga em entrevista à CNN Brasil. “Não só CoronaVac, mas qualquer uma das vacinas que não tenham o registro da Anvisa não será utilizada por uma questão de segurança da população.”

Até agora, apenas as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca possuem registro definitivo na Anvisa. CoronaVac e a vacina da Janssen, as outras duas aplicadas no país, só obtiveram autorização emergencial.

“Vou deixar bem claro: aprovação da Anvisa. Vamos avançar com a dose de reforço nesses grupos [prioritários] e, se as pesquisas apontarem para necessidade desse reforço no restante da população brasileira, faremos isso até o final do ano”, completou Queiroga.

Fábio Matos, Revista Oeste