Até hoje, o campeão mais eficiente foi o Corinthians de Tite na temporada 2015. Aquele time, que somou 81 pontos ao fim do torneio, teve 71% de aproveitamento. O Palmeiras de Felipão, que levantou a taça deste ano após vencer o Vasco, no domingo, pode chegar no máximo aos 80, caso supere o rebaixado Vitória na rodada final.
É que nem só de Dorival se fez o Brasileirão do Flamengo. O aproveitamento de seu antecessor, Barbieri, que era excelente antes da Copa, despencou após o Mundial. Também não estava nos planos rubro-negros ter um adversário tão resiliente. Com Felipão, o Palmeiras enfileirou 22 rodadas de invencibilidade, um aproveitamento de quase 74%.
— O futuro a Deus pertence. Tenho que agradecer por ter voltado a um clube como o Flamengo. Vim consciente do contrato que fiz, me doei, dei o melhor. Nos entregamos de corpo e alma. Fico tranquilo — argumentou um Dorival pouco esperançoso, após a vitória sobre o Cruzeiro.
O melhor vice dos pontos corridos
Dorival deu sua contribuição para que o Flamengo termine o Brasileiro de 2018 como o melhor vice-líder da história da competição. Os 72 pontos garantidos com o triunfo sobre o Cruzeiro igualam o Grêmio de 2008 e o Atlético-MG de 2012. Os mineiros, porém, venceram 20 partidas, contra 21 do rubro-negro na edição atual.
Já os gaúchos, que também somaram três pontos em 21 oportunidades, acabaram aquela competição com saldo positivo de 24 gols, enquanto este Flamengo soma +31. O rubro-negro só perderá o posto de melhor vice dos pontos corridos, portanto, se for derrotado por sete gols de diferença pelo Atlético-PR, no próximo domingo, no Maracanã.
João Pedro Fonseca, O Globo