Desdobramento de histórias conhecidas, a operação da Polícia Federal nesta sexta-feira é o retrato acabado do que o fisiologismo político produziu nos governos do PT.
Para conseguir apoio parlamentar, Dilma Rousseff se rendeu às pressões da bancada do MDB de Minas.
Nomeou o indicado, o então presidente do partido no estado, Toninho Andrade.
No cargo, Toninho tratou de abrir o balcão do ministério aos empresários, mais precisamente, a Joesley Batista.
O delator queria vantagens na venda de miúdos de proteína animal para o mercado asiático.
Em troca do decreto, pagou R$ 25 milhões ao partido.
O ciclo fisiológico se fechou.
Em troca de apoio, Dilma entregou o ministério ao MDB.
O partido fez do ministério um balcão de negócios.
E o resultado desse balcão foi a propina que abasteceu bolsos e campanhas eleitorais do MDB e do próprio PT da presidente. T
odos ganharam.
O país perdeu.
Robson Bonin, O Globo