É claro que a notícia não é boa apenas para a presidente Dilma Rousseff. É boa para o país. A agência de classificação de risco Standard & Poor’s manteve a nota de crédito do Brasil, com perspectiva estável. Assim, na agência, o país permanece “BBB-“, que é o último patamar do grau de investimento. Havia um medo pânico de que viesse o rebaixamento, o que seria desastroso: o país teria mais dificuldade para se financiar, pagaria juros maiores e veria fugir investimentos de grandes empresas e fundos de pensão internacionais que não podem apostar em países no grau especulativo.
Mas o “x” da questão não está aí. A Standard & Poor’s deixou claro por que manteve o rating brasileiro: confiança no ajuste fiscal que está sendo implementado pelo governo, cuja personificação é Joaquim Levy, demonizado pelas esquerdas petistas. Não só isso: a agência também elogiou o que considerou “independência” com que o Ministério Público está fazendo o seu trabalho — o mesmo MP que é alvo permanente do companheiros. “Você também já criticou o MP, Reinaldo!” E continuarei a fazê-lo sempre que achar necessário. A questão é saber qual é a crítica dos petistas e qual é a minha. Os leitores que me interessam e que quero sabem fazer a distinção.
Assim, vejam que mimo: Dilma só não entrou numa encalacrada dos diabos — e, com ela, todo o país — porque os dois principais alvos do petismo — Levy e o MP — concorreram para que a S&P mantivesse o rating do país.