Washington Luiz - O Globo
É o pior percentual de aprovação de um presidente desde o governo FH. Quase 65% avaliam o governo de forma negativa
A avaliação positiva do governo de Dilma Rousseff apresentou neste mês de março o índice de 10,8%, o pior percentual de aprovação de um presidente desde a medição de outubro de 1999, quando o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso teve o apoio de apenas 8% dos entrevistados. Os números fazem parte da pesquisa do instituto MDA, encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT).
Os que avaliaram o governo de forma negativa somaram 64,8%. Em relação ao desempenho pessoal da presidente, somente 18,9% disseram aprová-la, contra 77,7% de desaprovação. Foi o pior índice registrado pela série histórica divulgada pela confederação neste quesito.
Na última pesquisa encomendada pela CNT, em setembro do ano passado, a presidente Dilma tinha 52,4% de avaliação pessoal positiva e 35,7% de aprovação.
O levantamento também questionou os entrevistados sobre as denúncias envolvendo a Petrobras, situação econômica e política do país, custo de vida e sobre as manifestações contra o governo realizadas no último dia dia 15. Mais da metade dos entrevistados disse ser a favor do impeachment:59,7%, outros 66,9% afirmaram que não acreditam na eficácia das medidas do governo contra a crise. Sobre a Operação Lava-Jato, 90,1% dos que acompanham as denúncias acreditam que os nomes citados na lista enviada ao Supremo Tribunal Federal estão mesmo envolvidos em corrupção.
Entre os que acompanham ou já ouviram falar dos escândalos na estatal, 68,9% consideram que a presidente Dilma é culpada pela corrupção que está sendo investigada e 67,9% acham que o ex-presidente Lula é culpado.
Perguntados em quem votariam se a eleição presidencial fosse hoje, 55,7% disseram que votariam em Aécio Neves no 2º turno, contra 16,6% em Dilma Rousseff. Brancos e nulos totalizaram 22,3%. Se o tucano tivesse vencido, 38% acreditam que o governo dele estaria melhor do que o de Dilma. Para 32,6% estaria igual e para 17,4%, pior.
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões, entre os dias 16 e 19 de março. A margem de erro é 2,2 pontos percentuais.