Eduardo Bresciani - O Globo
Ele apresentou voto em separado pedindo ainda investigação de Gabrielli e Cosenza
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) propôs que a CPI mista da Petrobras peça indiciamento da atual presidente da companhia, Graça Foster. Ele apresentou um voto em separado ao texto do relatório de Marco Maia (PT-RS). Para sustentar o pedido, Lorenzoni destaca a revelação de que a ex-gerente Venina Velosa da Fonseca teria avisado Graça e outros diretores sobre as suspeitas de irregularidades na companhia em 2009.
O parlamentar aponta a existência de indícios de que a atual presidente se omitiu na apuração de denúncias de pagamento de propina a funcionários da Petrobras pela holandesa SBM e de superfaturamento nas obras da refinaria de Abreu e Lima. Propõe o pedido de indiciamento por peculato, corrupção passiva, prevaricação, condescendência criminosa e falso testemunho, além de ação cível por improbidade administrativa.
Lorenzoni pede ainda em seu voto separado o indiciamento do atual diretor de abastecimento José Carlos Cosenza. Além da mesma lista de crimes imposta a Graça, acusa Cosenza de organização criminosa e crime contra a licitação.
O deputado solicita também o indiciamento do atual diretor de Serviços, José Eduardo Dutra, do ex-presidente José Sérgio Gabrielli, dos ex-diretores Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró, Renato de Souza Duque e Jorge Zelada, e do ex-gerente Pedro Barusco.
A oposição prepara ainda um relatório alternativo, tarefa que está sendo comandada pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). No parecer apresentado de Marco Maia há uma lista de pessoas que devem ser investigadas, mas não há pedidos de indiciamento. Na lista de Maia, não há nenhum político nem integrantes da atual diretoria.
