Sucesso de operação de Certificado de Recebíveis Imobiliários vai ajudar no incremento de centros de distribuição e da frota aérea
O Mercado Livre informou nesta quinta-feira, 1º, que levantou R$ 1 bilhão com a emissão de Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), em movimento que vai ajudar a bancar os planos de expansão logística do gigante de comércio eletrônico no Brasil.
O Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) é um título que gera um direito de crédito ao investidor. Quem investe nessa alternativa tem direito a receber uma remuneração, geralmente juros, por parte do emissor e, quando do vencimento do título, recebe de volta o valor investido.
A oferta foi realizada em duas séries e coordenada por Itaú BBA, que liderou a operação, além de Bradesco BBI e Safra.
A operação, finalizada no dia 30 de agosto, foi a primeira neste formato adotada pela empresa de comércio eletrônico e contempla CRIs de cinco e sete anos.
“Apesar do contexto macroeconômico, nossos resultados sólidos nos dão confiança para manter o investimento no país, onde a nossa rede logística é uma vantagem competitiva que seguirá em constante evolução”, afirmou Tiago Azevedo, diretor de finanças do Mercado Livre no Brasil, em comunicado.
A expansão do Mercado Livre
O grupo anunciou em março que vai injetar R$ 17 bilhões na operação brasileira. O montante representa um aumento de 70%, em comparação com o valor investido no país em 2021. Dessa forma, hoje a empresa ostenta 12 centros de distribuição do tipo fullfilment, aqueles nos quais é responsável pela logística de ponta a ponta.
Além de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal, a companhia está negociando a abertura de uma nova unidade no Ceará. Pelos cálculos do Mercado Livre, a empresa deve fechar 2022 com cerca de 16 mil funcionários somente no Brasil.
A ampliação da frota aérea também foi contemplada na recente rodada de investimentos. O Mercado Livre fechou em abril um acordo de parceria de dez anos com a Gol para transporte de cargas. O negócio envolve seis aeronaves modelo Boeing 737-800, pertencentes à companhia aérea, que serão convertidas para cargueiros com capacidade para 24 toneladas.
Leia também: Os números por trás do Mercado Livre, reportagem de Bruno Freitas na Edição 114 da Revista Oeste.
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