É muito mais fácil fraudar o sistema brasileiro', afirma o deputado do PSL em entrevista ao Opinião no Ar, da RedeTV!
Em entrevista ao programa Opinião no Ar, exibido pela RedeTV! nesta terça-feira, 1º, o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) defendeu o voto auditável e criticou o sistema de votação no Brasil, que, em sua avaliação, não tem total transparência. Segundo o parlamentar, “o poder não deixa vácuo”, e há possibilidade de uma manipulação das eleições no Brasil.
Silvio Navarro, editor-executivo de Oeste, e Rodrigo Constantino, colunista da revista, participaram da entrevista. O programa é apresentado por Luís Ernesto Lacombe e também conta com a participação da jornalista Amanda Klein.
“O poder não deixa vácuo. Ele é preenchido. Se existe esse poder do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] de manipular as eleições sem transparência nenhuma, sem qualquer auditabilidade ou contagem pública, mais uma vez tem um vácuo. Eu gostaria que o TSE provasse que não há fraude”, afirmou Orleans e Bragança. “Em todas as eleições, inclusive nos Estados Unidos, todo sistema eleitoral é falho. Todos são suscetíveis a falhas. A grande distinção é exatamente a auditabilidade, o fato de ser transparente a contagem.”
Segundo o deputado, a centralização do TSE sobre o sistema eleitoral brasileiro é um dos fatores que levam à possibilidade de fraude. “É muito mais fácil fraudar o sistema brasileiro porque existe essa centralização. E o fato de você não ter nenhum recurso para dar transparência a esse processo. Temos a tempestade perfeita para preencher o vácuo de poder e você manipular uma eleição”, avalia.
Manipulação da informação
Durante a entrevista, Luiz Philippe de Orleans e Bragança também afirmou que existe hoje, no Brasil e no mundo, um “movimento político” para manipular a informação e estigmatizar, sobretudo, políticos e partidos conservadores e beneficiar progressistas. Essa ação, segundo o deputado, envolveria grupos políticos, empresariais, de comunicação e as big techs, entre outros.
“A opinião pública não é perfeita, é baseada em uma série de informações limitadas. […] Em cada situação existem grupos de interesse com muita força de propagação da informação do seu viés”, afirmou. “Você gera uma série de distensões na opinião pública e isso gera uma dúvida.”
Para Orleans e Bragança, “qualquer canal de mídia hoje é influente”. “Eu vejo assim: ação de grupos de interesse e o que está por trás do jogo. Temos um jogo muito mais obscuro que começa a vir à tona”, disse o deputado. “Temos um movimento político. Por ser um movimento, é muito mais difuso e difícil você pontuar quais são os tentáculos desse movimento. E ele age como um cartel.”
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Fábio Matos, Revista Oeste