Na segunda-feira 28, o governo autorizou uma operação militar na Amazônia com duração até 31 de agosto. A iniciativa visa combater crimes ambientais. Assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, o decreto de Garantia da Lei e da Ordem determina o envio de tropas para Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia. O texto ainda suspende, por 120 dias, a prática de queimadas controladas em atividades agropastoris e florestais. O uso da técnica continua permitido fora do bioma amazônico e do Pantanal, quando considerado “imprescindível para a realização de práticas agrícolas, desde que autorizada previamente pelo órgão ambiental estadual”.
A decisão ocorre em razão de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais que “apontam grande quantidade de focos de queima no primeiro semestre deste ano, não apenas na Amazônia, mas também em outros biomas, como o Pantanal”.
De acordo com o despacho, as Forças Armadas atuarão em coordenação com o Conselho da Amazônia e em articulação com os órgãos de proteção ambiental e de segurança pública. A ordem presidencial determina que as tropas irão para as seguintes cidades:
• Amazonas: Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré e Novo Aripuanã;
• Mato Grosso: Apiacás, Aripuanã, Colniza, Cotriguaçú, Marcelândia, Nova Bandeirantes, Peixoto de Azevedo e Paranaíta;
• Pará: Altamira, Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso, São Félix do Xingu e Trairão;
• Rondônia: Candeias do Jamari, Cujubim, Itapuã do Oeste, Machadinho D’Oeste e Porto Velho.
Artur Piva, Revista Oeste