quinta-feira, 11 de junho de 2020

Um novo aliado para o tratamento do Câncer, a Imunoterapia

Dois cientistas, o americano James P. Allison e o japonês Tasuku Honjo, ganharam o premio nobel de medicina em 2018 por sua descoberta de um tipo de terapia que faz com que células de defesa do organismo voltem a atacar tumores.
Os dois desenvolveram separadamente pesquisas sobre duas proteínas produzidas por tumores – a CTLA-4 e a PD-1 – que paralisam o sistema imune do paciente durante o tratamento de câncer.
Os tumores produzem proteínas, chamadas de ‘checkpoints’, que bloqueiam o linfócito T, a célula mais importante do sistema imune que ataca o tumor.
Essas drogas retiram o bloqueio e recuperam o poder de ataque dos linfócitos que estavam paralisados por essas proteínas.
Após vários estudos e aprimoramentos a estratégia se mostrou promissora contra o câncer.
Em 2012, um estudo demonstrou sua eficácia no tratamento de indivíduos com diferentes tipos de tumor, inclusive em pacientes com câncer já em metástase.
A chegada da imunoterapia trouxe novas e importantes esperanças para certos pacientes que sofrem de câncer, particularmente o melanoma e os cânceres de pulmão.
Graças a essas moléculas que reativam o sistema imunológico contra as células cancerosas, a sobrevida dos pacientes melhorou consideravelmente. Isso porque transformou uma doença mortal em curto prazo em uma doença crônica com a qual podemos viver muitos anos.
No Congresso Mundial de Oncologia de Chicago (Asco), realizado de 1º a 5 de junho de 2018, foram apresentados numerosos estudos que demonstram a superioridade desses tratamentos por meios imunológicos face à quimioterapia convencional.
A saúde vem se renovando cada vez mais, assim trazendo qualidade de vida e conforto aos pacientes e familiares, a luta contra o câncer hoje em dia está mais hábil ao sucesso no tratamento.

Ednei Silva

Professor, jornalista e escritor.

Jornal da Cidade