De acordo com o presidente, o ex-ministro da Saúde deu ouvidos à Organização Mundial da Saúde e vendeu o ‘pavor’
O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem, em live no Facebook, que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MT) não fez um bom trabalho durante a pandemia de coronavírus. E que houve equívoco na contabilização de dados sobre a covid-19 no Brasil.
“Gosto do Mandetta como pessoa, mas no ministério ele deu uma escorregadinha na questão da pandemia”, declarou Bolsonaro, ao mencionar que Mandetta é ‘cliente da Globo’ em razão das entrevistas que concedeu inúmeras vezes à emissora.
Além disso, segundo o presidente, o ex-ministro exagerou na questão dos números referentes ao coronavírus. O erro estaria na política equivocada de Mandetta de escutar a Organização Mundial da Saúde (OMS), cuja atuação tem sido interpelada no mundo inteiro.
“Levando-se em conta o ex-ministro Nelson Teich, esses números eram fictícios. E o Mandetta todo dia estava vendendo o peixe de ‘fique em casa’, ‘a curva tem de amansar’, ‘foco na OMS’. Olha o vexame da OMS aí, gente. O objetivo era vender o pavor”, garantiu Bolsonaro.
Vaivém da OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem dado um passo para frente e outro para trás. Conforme noticiou Oeste, a entidade anunciou no fim de maio que suspendera os testes com a hidroxicloroquina e cloroquina para o tratamento de pacientes com a covid-19. Contudo, recuou dias depois.
Recentemente, garantiu que infectados pelo coronavírus, e que são assintomáticos, dificilmente transmitem o patógeno. Porém, pouco depois, informou que a transmissão ocorria. Vale lembrar que países, como a Alemanha e os Estados Unidos, acusam a entidade de trabalhar para a China.
Além disso, o órgão de saúde assumiu ter sido supostamente enganado por uma empresa de dados. O ocorrido veio à tona depois de o jornal britânico The Guardian veicular a denúncia que desmascarou a companhia de tecnologia responsável por prestar o serviço.
Cristyan Costa, Revista Oeste