QUITO
QUITO - Um grupo com 1.436 iguanas foi introduzido em uma ilha do arquipélago de Galápagos quase 200 anos depois de seu desaparecimento do local.
Da espécie Conolophus subcristatus e procedentes da ilha Seymour Norte, os bichos foram soltos na ilha Santiago em programa de conservação do Parque Nacional Galápagos.
A presença de iguanas terestres vivas em Santiago foi reportada pela última vez em 1835, durante uma visita no noroeste da ilha do naturalista inglês Charles Darwin, pai da teoria da evolução das espécies.
O diretor do parque, Jorge Carrión, disse que a população dos répteis em Santiago foi extinta com a presença de espécies invasoras, como o porco selvagem, erradicado da ilha em 2001.
As iguanas foram soltas nas zonas costeiras de Porto Novo e Bucanero, que têm habitat semelhante ao seu natural, com presença abundante de vegetação para alimentação.
A medida também permitirá proteger a população de iguanas em Seymour Norte, com cerca de 5.000 espécimes, diante da pouca disponibilidade de alimentos ali.
"A iguana é um animal herbívoro que ajuda os ecossistemas com a dispersão de sementes e a manutenção de espaços abertos sem vegetação", disse Danny Rueda, diretor de ecossistemas do parque.
Além da Conolophus subcristatus, que vive em várias ilhas do arquipélago, há as espécies terrestres Conolophus pallidus e Conolophus marthae (de cor rosada) e a espécie marinha Amblyrhynchus cristatus.
Galápagos, a 1.000 km da conta do Equador, possui flora e fauna únicas no mundo e é parte do Patrimônio Natural da Humanidade. Seu nome vem das tartarugas-gigantes que habitam o arquipélago.
AFP