Está pronta a carta de demissão do deputado e ministro Mauro Lopes (PMDB-MG), da Aviação Civil. Mas ontem, em conversa com colegas em uma churrascaria em Brasília, ele disse que só a apresentará a Dilma depois que garantir a construção de um aeroporto em Pouso Alegre, cidade do Sul do seu Estado, onde costuma ser bem votado.
O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), ministro da Saúde, é candidato ao governo do Piauí. Publicitários baianos (para variar) já trabalham para a eleição dele em 2018. Castro só largará o ministério se for demitido. Reza para não ser. Ele reassumiu a presidência do PMDB no seu Estado pensando que poderia votar duas vezes contra a saída do partido do governo.
De fato, teria esse direito se a saída do PMDB não tivesse sido aprovada por aclamação. Ele votaria como deputado e como presidente local do PMDBí.
O deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) foi o único dos ministros que resistem no cargo a declarar publicamente o que pretende fazer: continuar no partido e no Ministério da Ciência e Tecnologia..
A senadora Kátia Abreu 9PMDB-TO), ministra da Agricultura, até admite deixar o governo - mas de mãos dadas com Dilma quando a presidente descer de vez a rampa do Palácio do Planalto, em breve ou só em janeiro de 2019.
Os ministros Eduardo Braga (PMDB-AM), de Minas e Energia, e Hélder Barbalho (PMDB-PA), de Portos, prometeram a Temer entregar os cargos tão logo arrumem as gavetas. Pode demorar.
Deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) (Foto: Divulgação / PMDB)