Vai deixar o "heroísmo-bandido" só para Cunha, senador?
Tuitei em 16 de outubro:
Agora que o STF autorizou a abertura de mais dois inquéritos contra Renan, atendendo a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o Estadão informa:
“O presidente do Senado, até então, acreditava que o Palácio do Planalto tinha poderes para influenciar a conduta de Janot e evitar o avanço da Operação Lava Jato contra ele. Por causa disso, ontem mesmo petistas próximos da presidente Dilma Rousseff já acreditavam que Renan teve participação na decisão de Eduardo Cunha de abrir o processo de impeachment da petista.
Um integrante da direção do PMDB afirmou à reportagem que Cunha fez chegar a Renan o seguinte recado após o pedido de inquérito de Janot e o anúncio do PT de que não apoiaria o presidente da Câmara no Conselho de Ética: ‘Não podemos confiar neles’.
Desde as primeiras denúncias contra ele, Cunha tem afirmado que Janot atua conforme os interesses do Planalto e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo – eles negam.
O apoio de Renan ao projeto de levar Temer até à presidência é considerado fundamental para enfraquecer as defesas de Dilma no Congresso e para que o PMDB possa demonstrar alguma unidade em torno do desafio de assumir o Palácio do Planalto.”
Desde maio, este blog estimula a vingança de Renan contra Dilma.
O motivo do estímulo é o simples fato de que políticos como ele e Cunha são muito mais suscetíveis a tomar decisões corretas motivadas por sentimentos torpes do que por amor à pátria e respeito à Constituição.
Romero Jucá e a ala oposicionista do PMDB agora têm de mostrar a Renan que, para além da vingança, ele nada tem a perder com a elevação do seu partido ao poder por meio do impeachment de Dilma, cortina de fumaça em meio à qual ele ainda pode tentar sumir se a investigação apertar.
Vai deixar o “heroísmo-bandido” só para Cunha, senador?

