quarta-feira, 31 de março de 2021

Coletiva de Imprensa no Palácio do Planalto

Bolsonar cobra respeito à Constituição

Reino Unido peita a ditadura da China e põe pressão por asfixia a Hong Kong

 

O premiê britânico Boris Johnson
O premiê britânico Boris Johnson | Foto: 10DowningStreet/Flickr

O chanceler do Reino Unido, Dominic Raab, acusou o Partido Comunista da China (PCC) de asfixiar a oposição de Hong Kong. 

“A promulgação da reforma eleitoral mina as liberdades do povo de Hong Kong e rompe com as obrigações internacionais de Pequim”, declarou Raab, à mídia estrangeira, na terça-feira 30, ao mencionar que a Declaração Conjunta Sino-Britânica foi violada. 

As críticas vieram pouco depois de a ditadura do país asiático mudar o sistema eleitoral do território autônomo. 

De autoria do secretário-geral do PCC, Xi Jinping, o pacote de medidas eleitorais é visto pela gestão britânica como uma pá de cal à democracia. 

Em linhas gerais, apenas pessoas “leais” aos comunistas poderão disputar as eleições. 

O governo britânico estuda acionar organismos internacionais.

Cristyan Costa, Revista Oeste

'O Brasil tem que voltar a trabalhar', diz Bolsonaro ao anunciar novo auxílio emergencial

 'Isso não é dinheiro que estava no cofre, pesa para todos nós. É uma conta que fica para nós e talvez para gerações futuras também', alertou o presidente



O presidente Jair Bolsonaro anunciou a nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial e voltou a criticar o <i>lockdown</i>
O presidente Jair Bolsonaro anunciou a nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial e voltou a criticar o lockdown | Foto: Afonso Marangoni/Revista Oeste

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira, 31, a nova fase de pagamentos do auxílio emergencial, a partir do dia 6 de abril. Ele participou de uma cerimônia no salão nobre do Palácio do Planalto, ao lado do ministro da Cidadania, João Roma, do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e do presidente da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), Gustavo Canuto, e voltou a criticar as medidas de isolamento social determinadas por prefeitos e governadores durante a pandemia de covid-19.

Tínhamos e temos dois inimigos: o vírus e o desemprego. É uma realidade. Não é ficando em casa que nós vamos solucionar esse problema. Essa política ainda está sendo adotada, mas o espírito dela era buscar achatar a curva de contaminação enquanto os hospitais se preparavam”, afirmou Bolsonaro. “O governo sabe que não pode continuar por muito tempo com esses auxílios, que podem desequilibrar a nossa economia. O apelo que a gente faz é que a política de lockdown seja revista. Isso cabe, na ponta da linha, aos governadores e prefeitos. Só assim nós poderemos voltar à normalidade.” 

Bolsonaro disse ainda que a nova rodada do auxílio emergencial “é mais um endividamento da União”. “Isso não é dinheiro que estava no cofre. Isso pesa para todos nós. É uma conta que fica para nós e talvez para gerações futuras também”, alertou. “A população não apenas quer, mas precisa trabalhar. Nenhuma nação se sustenta por muito tempo com esse tipo de política. O Brasil tem que voltar a trabalhar. A população brasileira tem que voltar a trabalhar.”

Durante seu pronunciamento, Bolsonaro disse que tem conversado com pessoas mais pobres e sentido o desespero dessa parte da população com a falta de dinheiro. “As geladeiras estão vazias. Conversei com as pessoas. A fome está batendo cada vez mais forte na casa dessas pessoas, que não têm o mínimo para dar aos seus filhos. Eu temo por problemas sociais gravíssimos no Brasil. O auxílio emergencial é um alento. É pouco, mas é o que a nação pode dispensar para sua população”, afirmou. Temos que enfrentar a realidade. Não adianta fugirmos do que está aí.”

Nova rodada do auxílio

O auxílio emergencial terá valor médio de R$ 250, pagos em quatro parcelas mensais a partir de terça-feira 6. Serão 45,6 milhões de famílias beneficiadas, em um investimento de cerca de R$ 43 bilhões do Orçamento da União.

Desse montante, R$ 23,4 bilhões serão destinados ao público já inscrito em plataformas digitais da Caixa (28.624.776 beneficiários), R$ 6,5 bilhões para integrantes do Cadastro Único do Governo Federal (6.301.073 pessoas) e mais R$ 12,7 bilhões para atendidos pelo Programa Bolsa Família (10.697.777 inscritos).

Em 2021, o auxílio emergencial será limitado a uma pessoa por família. A mulher chefe de família terá direito a R$ 375, enquanto o indivíduo que mora sozinho – família unipessoal – receberá R$ 150. Os integrantes do Bolsa Família serão contemplados com o benefício conforme o calendário habitual do programa, enquanto os demais receberão na Conta Social Digital (Caixa TEM), que pode ser movimentada por um aplicativo de celular. O Ministério da Cidadania segue responsável pelo processamento e pela análise dos pedidos. “O presidente [Bolsonaro] está certo. Precisamos, sim, estar perto da população que mais precisa”, disse o ministro da Cidadania, João Roma. 

Fábio Matos, Revista Oeste

Pronunciamento do presidente Bolsonaro

EUA e outros 13 países criticam relatório da OMS sobre origem do vírus chinês

 

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O Instituto de Virologia de Wuhan: os cientistas da missão da OMS acham "pouco provável" que o novo coronavírus tenha vindo dali LUSA/ROMAN PILIPEY

Um grupo de 14 países, que inclui os Estados Unidos, o Reino Unido, a Austrália, o Canadá e Israel, criticou o relatório da missão científica da Organização Mundial da Saúde (OMS) a Wuhan para investigar a origem do novo coronavírus. Criticam limitações impostas pela China no acesso à informação e amostras biológicas originais. Pequim respondeu que essas acusações não fazem sentido.

Seguir o noticiário em torno da divulgação do relatório científico da missão tornou-se complicado. Por um lado, os cientistas da missão da OMS deram uma conferência de imprensa em que louvaram a cooperação com os seus colegas chineses – que fizeram a investigação original que eles analisaram durante os 28 dias da missão em Wuhan, 14 dos quais passados em quarentena.

Peter Daszak, especialista em ecologia das doenças e director da organização EcoHealth Alliance, disse mesmo que mesmo que “parte da equipa, os seus colegas chineses”, não estava ali. “Este relatório mostra como é possível trabalhar mesmo em circunstâncias políticas difíceis”, afirmou na terça-feira. Mas também há quem aponte a Daszak um conflito de interesses, por já ter trabalhado com o Instituto de Virologia de Wuhan, um laboratório especializado em coronavírus, sobre o qual tem havido muitas teorias sobre se poderia ser a origem do SARS-CoV-2 – mais por se localizar perto de Wuhan do que por haver algo de concreto que oque possa ter havido uma fuga do laboratório.

Mas enquanto decorria a conferência de imprensa dos cientistas, soube-se que o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, tinha dito aos governos dos Estados-membros da OMS, ao entregar-lhes o relatório da missão a Wuhan, que a China não tinha fornecido todos os dados que os cientistas tinham pedido. E pedia mais investigação para “chegar a conclusões mais robustas” – o que é o objectivo mais claro do relatório, que apenas identificou pistas a explorar para tentar descobrir a origem do vírus.

Os cientistas consideraram que a hipótese de que o vírus se tenha escapado do Instituto de Virologia de Wuhan era a menos provável, e disseram que por isso não a investigaram tão a fundol. Mas muitos países – com os Estados Unidos à cabeça – e os media continuam a ter uma preferência por esta hipótese. De tal forma que o jornal (conservador) norte-americano Wall Street Journal chamou ao relatório um “branqueamento de Wuhan”, acusando a OMS de espalhar propaganda chinesa.

A OMS continua a ser um palco para as disputas geopolíticas entre os Estados Unidos e a China, e na verdade Tedros Ghebreyesus tem de manter o equilíbrio entre as duas potências. Por isso as suas palavras pareceram condenar o trabalho da própria missão da OMS, o que cria confusão: “Embora a equipa tenha concluído que uma fuga do laboratório é a hipótese menos provável, isto merece mais investigação, potencialmente com mais missões que tenham especialistas, que estou pronto a enviar”, disse o director-geral da OMS.

Isto não contradiz os planos da OMS de enviar mais missões para a China, para estudar as pistas descobertas sobre a origem do SARS-CoV-2, que apontam para que o vírus tenha origem em morcegos, embora tenha passado por um animal intermédio, onde se adaptou melhor ao homem.

Assistimos, no entanto, a este conjunto de países a criticar o relatório, embora digam “apoiar completamente os esforços da OMS para acabar com a pandemia, incluindo compreender como se iniciou e espalhou”. Mas pensam que este estudo “foi atrasado de forma significativa, e não teve acesso a dados e amostras originais e completas”.

Do lado chinês, a ideia é mostrar abertura do país. O cientista Liang Wannian, que foi co-líder da equipa da OMS pela parte chinesa – os críticos consideram um erro que seja uma equipa conjunta, com cientistas chineses – é citado pela Reuters dizendo que estas afirmações de falta de acesso aos dados não são correctas. “Claro que, de acordo com a lei chinesa, alguns dados não podem ser levados ou fotografados, mas quando os analisamos juntos em Wuhan, todos pudemos ver a base de dados, os materiais – fizemos tudo juntos”, afirmou.

Rejeitou também alegações de que os cientistas internacionais não tivessem tido acesso a conjuntos de dados e amostras completas. Nenhum cientista consegue ter informação perfeita, afirmou.

O facto de a publicação do relatório ter sido sucessivamente adiada foi, para ele, fruto da necessidade de confirmar tudo com rigor. “Cada frase, cada conclusão, cada dado” teve de ser verificado por ambos os lados antes de ser divulgado, disse à Reuters. “O que vigorou foi o princípio da qualidade acima de tudo”, disse Liang, que lidera a comissão de peritos sobre covid-19 criada pela Comissão Nacional de Saúde da China, que tem funções equivalentes ao Ministério da Saúde.


"O socialismo necessariamente requer métodos brutais para ser implantado", por George Reisman

 E as vítimas estão totalmente corretas em reagir com letalidade

O socialismo jamais pode ser aplicado consensualmente.  Para o socialismo ser implantado, é necessariamente indispensável o uso da força.

Por quê?

Comecemos considerando os meios empregados para se alcançar o socialismo.  De imediato, observamos dois fenômenos que não são dissociados um do outro.  Primeiro: onde quer que o socialismo tenha sido implantado, como na Chinano sudeste asiáticopaíses do bloco comunista e na Alemanha nazista, métodos violentos e sanguinários foram utilizados para impô-lo e mantê-lo. 

Segundo: nos países onde partidos socialistas chegaram ao poder mas se abstiveram de violência e derramamento de sangue, como na Grã-Bretanha, em Israel ou na Suécia, eles não implementaram o socialismo de fato, mas conservaram a chamada economia mista, a qual eles não alteraram radicalmente nem fundamentalmente.  Consideremos as razões para esses fatos.   

Mesmo que um governo genuinamente socialista fosse eleito democraticamente, seu primeiro ato de governo ao implantar o socialismo teria de ser um ato de enorme violência, qual seja, a expropriação a força dos meios de produção.  A eleição democrática de um governo socialista não alteraria o fato de que o confisco de propriedade contra a vontade dos proprietários é um ato de força.  Uma expropriação à força da propriedade baseada no voto democrático é tão pacífica quanto um linchamento também baseado no voto.  Trata-se de uma violação primordial dos direitos individuais. 

A única maneira de o socialismo realmente ser implantado por meios pacíficos seria com os donos de propriedade voluntariamente doando sua propriedade ao estado socialista

Porém, pense nisso.  Se o socialismo tivesse de esperar que os donos de propriedade doassem voluntariamente sua propriedade para o estado, este certamente teria de esperar para sempre.  Logo, se o socialismo tem de ser implantado, então ele só pode existir por meio da força — e força aplicada em escala maciça, contra toda a propriedade privada.

Ademais, no caso da socialização de todo o sistema econômico, em contraposição à socialização de uma indústria isolada, é impossível criar alguma forma de compensação para os donos das propriedades confiscadas.  No caso de uma estatização isolada, o governo pode compensar os proprietários destituídos simplesmente tributando o restante dos donos de propriedade.  Mas se o governo confisca todas as propriedades, e simplesmente abole a propriedade privada, então não há nenhuma possibilidade de compensação justa.  O governo simplesmente rouba a propriedade de todos, por completo. 

Nessas circunstâncias, os donos de propriedade irão quase que certamente resistir e tentar defender seus direitos — pela força, se necessário —, e estariam totalmente corretos em agir assim.

Isso explica por que apenas os comunistas conseguem implantar o socialismo, e por que os social-democratas sempre fracassam em suas tentativas.  Os comunistas, com efeito, sabem que têm de ir a campo e roubar toda a propriedade dos homens.  E sabem também que, se quiserem ser bem sucedidos nessa empreitada, é melhor irem armados e preparados para matar os donos de propriedade, os quais certamente tentarão defender seus direitos (daí a importância de se desarmar a população para se implantar um estado totalitário). 

Os social-democratas, por outro lado, são hesitantes e acabem sendo contidos pelo medo de tomar essas medidas necessárias para se chegar ao socialismo.

Em suma, os fatos essenciais são esses.  O socialismo necessariamente deve começar com um enorme ato de confisco.  Aqueles que querem seriamente roubar devem estar preparados para matar aqueles a quem eles planejam roubar. 

Assim sendo, os social-democratas são meros vigaristas e batedores de carteira, que se ocupam em proferir palavras vazias sobre o dia em que finalmente implantarão o socialismo, mas que saem em desabalada carreira ante o primeiro sinal de resistência oferecido por suas almejadas vítimas.  Os comunistas, por outro lado, levam muito a sério a implantação do socialismo.  Eles são assaltantes armados preparados para matar.  É por isso que os comunistas conseguem implantar o socialismo. 

Dentre esses dois, apenas os comunistas estão dispostos a empregar os meios sanguinolentos necessários para implantar o socialismo.

Portanto, torna-se claro por que todos os livros, palestras e protestos pacíficos do mundo são incapazes de algum dia implantarem o socialismo: eles jamais irão persuadir o número necessário de pessoas a doarem voluntariamente sua propriedade ao estado socialista.  Portanto, todas essas medidas "intelectuais" serão necessariamente fúteis, pelo menos até o ponto em que tudo descambe em ação violenta.

A implicação de tudo isso é que, a menos que os marxistas possam se tornar satisfeitos com a atual situação, assim como os social-democratas aparentemente aprenderam a ser — com medidas econômicas apenas parciais rumo ao seu objetivo, tais como a criação e a expansão do estado assistencialista, regulador e vorazmente tributador —, eles estarão fadados à frustração permanente.  Ao mesmo tempo, aqueles dentre eles que continuarem comprometidos com a realização do seu objetivo — isto é, o real socialismo — certamente não irão tolerar tal frustração permanentemente. 

Pela lógica, é de se supor que, em algum momento, quase que inevitavelmente, eles irão descambar para a ação violenta, pois essa é a única maneira na qual eles podem de fato realizar seu objetivo.

Tais marxistas, como os socialistas — os sérios e dedicados —, não são de modo algum intelectuais incriticáveis, mas sim pessoas perigosas e com uma mentalidade criminosa.

O direito de se defender

Ao contrário do que pensam alguns intelectuais de esquerda, socialistas e comunistas não têm o direito de matar dezenas de milhões de pessoas inocentes. 

Mais ainda: eles não têm o direito de reclamar quando suas almejadas vítimas reagem, impedem suas ações e, nesse processo, matam esses comunistas — como aconteceu em países da América Latina.

O direito à vida, à liberdade e a não ter sua propriedade confiscada, o qual todos os homens possuem, carrega consigo o direito à autodefesa. O exercício do direito à autodefesa inclui matar aqueles que representam uma ameaça iminente à vida de uma pessoa. Inclui matar aqueles que são uma ameaça iminente à vida de um indivíduo que está apenas tentando defender sua propriedade. 

Por isso, as pessoas têm o absoluto direito de reagir e defender suas vidas, liberdade e propriedade contra um levante comunista.

Ladrões armados querendo confiscar propriedades sempre representam essa ameaça, sejam eles marxistas ou não. Por isso, esses propensos totalitários não podem reclamar caso suas vítimas reajam e os matem.

E a morte desses propensos totalitários não deve ser lamentada, assim como não se deve lamentar as mortes de Lênin, Stálin, Hitler, Mao, Pol-Pot e seus respectivos auxiliares. A vida e a liberdade são positivamente auxiliadas pelo desaparecimento desses seus inimigos mortais. 

A ausência destas pessoas significa a ausência de coisas como campos de concentração e genocídios, e isso obviamente é algo que deve ser desejado.


George Reisman
é Ph.D e autor de Capitalism: A Treatise on Economics. (Uma réplica em PDF do livro completo pode ser baixada para o disco rígido do leitor se ele simplesmente clicar no título do livro e salvar o arquivo). Ele é professor emérito da economia da Pepperdine University. Seu website: www.capitalism.net. Seu blog georgereismansblog.blogspot.com.

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