sábado, 1 de maio de 2021

‘2021 é o ano das privatizações’, diz secretário de Política Econômica Adolfo Sashida

 Só neste ano já foram realizados 33 leilões que renderam mais de R$ 26 bilhões


No leilão da Cedae realizado ontem na B3 foram arrecadados R$ 22,6 bilhões
No leilão da Cedae realizado ontem na B3 foram arrecadados R$ 22,6 bilhões | Foto: Divulgação/Cedae

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, celebrou o megaleilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) e afirmou que 2021 é o ano das privatizações. Em sua conta no Twitter, na manhã deste sábado, 1º, Sashida reforçou ainda que só nos quatro primeiros meses do ano já foram realizados 33 leilões que renderam mais de R$ 26 bilhões, com expectativa de investimento de quase R$ 50 bi.

Leilão da Cedae

A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) foi leiloada ontem, sexta-feira, 30. O certame foi realizado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) e arrecadou R$ 22,6 bilhões, com a venda de três dos quatro blocos ofertados. O evento contou com a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Revista Oeste

CPI do vírus chinês: 'Ficar colecionando frase é coisa de crianças de cinco anos', diz Janaina Paschoal

Deputada estadual comentou levantamento feito pela CPI para apurar 200 frases ditas pelo presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia


A deputada estadual Janaina Paschoal criticou a CPI da Covid
A deputada estadual Janaina Paschoal criticou a CPI da Covid | Foto: Maurício Garcia de Souza/Alesp

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) usou as redes sociais para criticar a CPI da Covid. “A meu ver, essa CPI está pegando mal para o Congresso”, escreveu no Twitter neste sábado, 1º. A deputada comentou o levantamento feito pela CPI para apurar 200 frases ditas pelo presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia. “Nunca vi CPI para apurar frases,” diz a deputada, que defende a investigação dos repasses de verbas federais para o combate da pandemia. “Se houve desvios das enormes quantias liberadas para enfrentar a COVID, que se apure e puna, seja quem for! Mas ficar colecionando frase é coisa de criancas de cinco anos. Isso é da época dos álbuns de papel de carta!”.

Revista Oeste

Veja quanto a velha imprensa corrupta, Folha de São Paulo à frente, já embolsou de 'propina' do PCC da China

 

O secretário-geral do PCC, Xi Jinping
O secretário-geral do PCC, Xi Jinping | Foto: Divulgação/Internet

Reportagem publicada na Edição 58 da Revista Oeste mostrou a grande influência que o Partido Comunista da China (PCC) exerce sobre o mundo. Entre os alvos da ditadura asiática está a grande mídia. O PCC pagou a veículos de comunicação brasileiros de modo a promover conteúdo governamental, conforme documentos do Departamento de Justiça dos Estados Unidos publicado no ano passado ainda sob a gestão republicana de Donald Trump.

Na lista, a Empresa Folha da Manhã S.A., dona do título Folha de S.Paulo, arrecadou US$ 405 mil entre 2016 e 2020. Só em janeiro de 2019, a companhia jornalística recebeu US$ 41,4 mil para publicar material chapa-branca. Os recursos também se destinaram à Editora Globo, que faturou US$ 109 mil entre 2017 e 2018. Ao Correio Braziliense foram encaminhadas algumas migalhas, pouco mais de US$ 15 mil em novembro de 2019. Veja depois do anúncio:

Cristyan Costa, Revista Oeste

‘Nós temos um regime totalitário em São Paulo’, afirma Walace Sampaio, coordenador do Reage SP

 O  empresário Walace Sampaio explicou as ações do movimento que pede o fim do lockdown e a reabertura do comércio


Luciano Hang [<i>à esq.</i>], entusiasta do Reage SP, ao lado de Walace Sampaio, coordenador do movimento
Luciano Hang [à esq.], entusiasta do Reage SP, ao lado de Walace Sampaio, coordenador do movimento | Foto: Divulgação

Em 21 de março de 2020, o então prefeito de Bauru, Clodoaldo Gazzetta (PSDB), decretou oficialmente estado de emergência no município. Sob a justificativa de conter o avanço da covid-19, o tucano proibiu o funcionamento de igrejas, escolas, bares, cinemas, academias, casas noturnas, teatros, museus, centros culturais e bibliotecas. “É uma medida de prevenção. Trata-se de uma decisão difícil, mas necessária. Não há razão para pânico, estamos tomando medida de prevenção”, afirmara Gazzetta, na ocasião.

Desde então, a cidade localizada no interior de São Paulo ainda não neutralizou os efeitos destrutivos da peste chinesa na saúde da população, tampouco recuperou-se do baque econômico decorrente da inatividade do comércio. Segundo estudo realizado pela Associação Comercial e Industrial de Bauru (Acib), das cerca de 15 mil empresas existentes no município, ao menos 3 mil fecharam ou estão em processo de fechamento devido à pandemia. Estima-se que o Produto Interno Bruto (PIB) local tenha encolhido 9% em 2020, algo próximo a R$ 1 bilhão.

Nesse cenário funesto surge o empresário Walace Sampaio, de 71 anos. Recentemente, ele ausentou-se da presidência do Sindicato do Comércio Varejista de Bauru e Região (Sincomércio) para dedicar-se ao movimento Reage SP, fundado em Bauru com o propósito de dar apoio jurídico e suporte na articulação política a quem deseja manter sua empresa em funcionamento. “O objetivo é dar um basta ao lockdown imposto às nossas empresas sem nenhuma contrapartida do Estado, que simplesmente determina a proibição do direito fundamental ao trabalho assegurado pela Constituição”, afirma o empresário.

Em entrevista concedida a Oeste, Walace Sampaio explica detalhadamente a atuação do Reage SP no acolhimento aos comerciantes esquecidos pelo governo do Estado de São Paulo.

1 — O primeiro decreto ordenando o fechamento de estabelecimentos comerciais em Bauru remonta a março de 2020. Desde então, quais consequências recaíram sobre o município?

Nós assistimos ao fechamento de muitas empresas. O comércio, assim como a sociedade, também foi atingido pelo clima de terror imposto pelo governo do Estado de São Paulo. Essas medidas [restritivas] dizimaram os microempresários, os pequenos empreendedores e o comércio informal. Já são mais de 3 mil empresas fechadas — esse número é absurdo. No início da pandemia, vários comerciantes colaboraram com o Reage SP, doando cestas básicas às pessoas em situação de vulnerabilidade. Hoje, esses mesmos comerciantes estão na fila para receber alimentos. De colaboradores, passaram a ser beneficiários. É um drama com o qual convivemos todos os dias. Os empresários que fecham suas portas passam a ser invisíveis, ninguém os conhece mais.

2 — Qual é o objetivo do movimento Reage SP?

A gente propõe mudança de postura em relação ao comércio, assumindo declaradamente que somos contra o lockdown, especialmente porque não há contrapartida alguma do governo do Estado. Quando os países ao redor do mundo adotam medidas restritivas, os governos oferecem suporte às empresas, de maneira que elas consigam sustentar-se durante o período da pandemia de covid-19. Já esse lockdown irresponsável é invenção de São Paulo, que desde o início determina o fechamento do comércio — e danem-se os empresários. O Reage SP surgiu para combater essas mazelas, para dar voz aos empresários que atuam nas diversas modalidades de comércio: bares, restaurantes, lojas, shoppings. O objetivo é pressionar o governo do Estado de São Paulo. Hoje, com felicidade, observamos grandes empresas e instituições tendo a mesma postura contestatória que nós temos. As entidades estão perdendo o medo de enfrentar João Doria.

3 — A população local aprova os ideais do movimento?

Nós temos a população de Bauru dividida em três partes: um terço de pessoas que nos apoia — empresários, comerciantes e sindicatos comerciários; um terço que fica ao sabor da opinião pública, com postura mais oscilante; e um terço que é contra nossas ideias. Esse último grupo é constituído de funcionários públicos — trabalham no Judiciário, Executivo e Legislativo. A prefeitura tem mais de 5 mil funcionários ativos; há também, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade de São Paulo (USP). Então, os funcionários dessas instituições, que recebem salário pago pelo nosso dinheiro [dos pagadores de impostos] e têm estabilidade, pedem o fechamento do comércio. Eles querem os estabelecimentos fechados? Não, querem apenas que a repartição da qual eles fazem parte também pare de funcionar.

4 — Quais medidas foram adotadas pelo ex-prefeito de Bauru Clodoaldo Gazzeta e pela atual mandatária, Suéllen Rosim, no acolhimento às empresas da região?

Clodoaldo Gazzeta era inteiramente fechado com o governo do Estado de São Paulo, não admitia nada. Posava exatamente como João Doria, proferindo discursos de salvador de vidas, mas não atentou para o mal que fazia para a cidade. Bauru é uma cidade tipicamente comercial — 70% da renda do município se deve ao comércio. A gestão de Clodoaldo Gazzeta foi irrigada por recursos federais, mais de R$ 60 milhões foram recebidos em 2020. Então, em virtude desse suporte, os estabelecimentos ficaram fechados. Por isso, fizemos campanha contra o prefeito e, no fim, ele foi cassado pelas urnas. A Suéllen Rosim, entretanto, assumiu a prefeitura de Bauru adotando discurso similar ao do Reage SP. Ela é, teoricamente, contra o lockdown. No início de seu mandato, o comércio de Bauru funcionou perfeitamente, até 8 de fevereiro de 2021, por meio de decretos municipais. Então, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu os decretos, declarando-os inconstitucionais. A prefeitura de Bauru foi obrigada a seguir o Plano São Paulo [que restringe severamente o funcionamento do comércio]. Desde então, nós temos criticado a prefeita porque, embora ela profira discursos contra o lockdown, na prática, não os transforma em atitudes.

5 — O governo do Estado de São Paulo, bem como o Executivo federal e o Judiciário, prestaram suporte financeiro, jurídico ou político a Bauru?

Nos primeiros seis meses da pandemia, várias linhas de crédito foram proporcionadas pelo governo federal. Na época, a medida contribuiu para desafogar a economia de Bauru. Desde então, não houve ajuda do Executivo federal. Do governo do Estado de São Paulo, porém, nós não tivemos absolutamente nenhuma ajuda, a não ser um bando de mentiras. Não chegou dinheiro público algum, nem um centavo, em apoio às empresas de Bauru. Não recebemos nada do município, também. O grande mal que o governo do Estado e prefeituras fizeram foi a manutenção, durante toda a pandemia, do comércio fechado, como se os estabelecimentos fossem os responsáveis pela disseminação da covid-19. O verdadeiro foco de transmissão do coronavírus é o transporte público, em que claramente não há distanciamento social. Certamente há interesses escusos por trás das medidas restritivas impostas pelo governador de São Paulo, João Doria. A cada lockdown, o consumidor está sendo empurrado para as plataformas de comércio eletrônico. O grande objetivo por trás disso é sufocar as empresas — é uma medida intencional, não é por acaso.

O governador é empresário, sabe como ganhar dinheiro com empreendimentos. Noventa porcento do comércio é constituído de micro e pequenas empresas, com participação pequena na arrecadação de tributos para o governo do Estado. Então, Doria está trocando a base de comércio, do pessoal para o eletrônico, para arrecadar maiores quantidades de dinheiro. No comércio eletrônico, a tributação do ICMS é plena, de fácil controle pelo Estado e com resposta rápida ao aumento de tributos havido em fevereiro. Já o micro e pequeno empresários, ora, danem-se, não é problema do governador. Afinal, eles fazem o recolhimento pelo Simples [regime tributário simplificado e exclusivo para micro e pequenas empresas], de valor marginal para o Estado. Foi implantado, em São Paulo, um regime totalitário — só não vê quem não quer. O Legislativo é completamente submisso ao governo, não faz nada. O Tribunal de Justiça de São Paulo é uma vergonha; ele simplesmente chancela qualquer decisão do governador João Doria. Se o Executivo abafa os poderes Legislativo e Judiciário, o que nós temos? Um regime totalitário.

Edilson Salgueiro, Revista Oeste

A Espanha voltou", comenta Marcelo Tognozzi

País pode ajudar Mercosul com UE

Ministra visita o Brasil em 6 de maio




Arancha González Laya, comandante do Ministério das Relações Exteriores da EspanhaWikimedia Commons


Afilha do diretor da escola pública do país Basco substituiu o filho do padeiro da Catalunha e passou a comandar o Ministério das Relações Exteriores, União Europeia e Cooperação da Espanha. Arancha González Laya nasceu em San Sebastian, capital do país Basco, e desde janeiro do ano passado chefia a diplomacia, que nos últimos anos ganhara um impulso e dinamismo próprios da personalidade do seu antecessor Josep Borrell, hoje o comandante da diplomacia da União Europeia.

Aos 74 anos, culto, elegante e extremamente simpático, Borrell se transformou no principal ícone da diplomacia espanhola do século 21. Diferente de Arancha Gonzáles, que não tem filiação partidária, Borrell sempre fez política filiado ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), hoje governando o país. Chegou a presidir a União Europeia entre 2004 e 2007 e é um dos políticos espanhóis de maior prestígio em todo mundo. Deixou para Arancha González uma herança de eficiência numa política externa pautada pelo respeito à autodeterminação dos povos, relação equilibrada com a América Latina e ampliação dos espaços de poder da Espanha dentro da comunidade Europeia.

Arancha assumiu o comando da diplomacia num momento em que o país passou a dividir com a França e a Alemanha o comando da União Europeia, ocupando o espaço deixado pela Inglaterra depois do Brexit. Esta ascensão é fruto do trabalho de Borrell, que levou adiante a política do primeiro-ministro Pedro Sanchez. Hoje, a ministra Arancha tem um canal privilegiado junto aos principais interlocutores da União Europeia, colhendo o que Sanchez e Borrell plantaram nos últimos anos.

Advogada, dirigiu o Centro de Comércio Internacional das Nações Unidas (ITC) e trabalhou como chefe de gabinete do francês Pascal Lamy, então diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), sucedido pelo Brasileiro Roberto Azevedo. Aos 51 anos, sua diplomacia tem um traço extremante positivo nestes tempos de pandemia: uma visão comercial moderna, pragmática, descontaminada de questões ideológicas.

A ministra chegará ao Brasil no próximo 6 de maio para uma série de conversas, numa agenda tratada pessoalmente com o ministro Carlos Alberto Franco França em 13 de abril, durante conversa telefônica em linha direta entre o Itamaraty e Moncloa. O governo espanhol acabou de enviar ao Brasil um lote com 80 mil kits para intubação de pacientes internados com covid-19, numa iniciativa solidária que não vai parar por aí. O primeiro-ministro Pedro Sanchez pretende compartilhar vacinas com a América Latina, pelo menos 7,5 milhões de doses, quando 50% dos espanhóis estiverem vacinados. “Nós vamos ajudar, porque é parte da colaboração e cooperação com os países da comunidade ibero-americana. É o normal numa comunidade de sócios, amigos, família. Hoje eu faço por você, amanhã você faz por mim”, declarou a ministra ao anunciar o embarque dos medicamentos.

A Espanha é um dos países com maior volume de investimentos diretos no Brasil, com US$ 60 bilhões acumulados. Estes investimentos poderão se multiplicar muitas vezes num programa de retomada do crescimento, especialmente pelo fato de os empresários espanhóis conhecem muito bem o Brasil e apostarem no país. Entre 1580 e 1640 a Espanha governou o Brasil fruto da União Ibérica, período em que os reinos de Portugal e Espanha foram unificados. O rei d. Felipe 2º, filho do imperador Carlos 5º e Isabel de Portugal. Desde então os espanhóis nunca mais deixaram de atuar por aqui, influindo nos nossos costumes e na nossa cultura.

Com uma retomada da economia, vacinação em massa e investimentos diretos, será possível resolver não somente a questão dos empregos dos brasileiros, mas também dos espanhóis. Embora países distintos em extensão territorial e perfil populacional, o Brasil e a Espanha têm em comum os mesmos problemas causados pela pandemia, como empobrecimento, desemprego e uma população de jovens sem perspectiva de trabalho e renda, os quais consomem serviços do estado, mas não pagam impostos por não terem rendimentos. Incluir estes jovens é um grande desafio.

A visita da ministra será uma oportunidade para o Brasil selar uma grande ajuda para destravar as negociações do acordo Mercosul-União Europeia. Gestões políticas dos irlandeses, que competem com o Brasil nos mercados de carne, e a atitude do presidente francês Emannuel Macron, utilizando a narrativa do meio ambiente como um dos eixos da sua campanha política para as eleições do ano que vem (Macron entende que bater em Bolsonaro é bater nos seus adversários locais da extrema direita), fizeram com que os passos finais do acordo fossem adiados.

Tereza Cristina, nossa ministra da Agricultura, tem sido uma batalhadora pela implementação do acordo com a União Europeia, o qual poderá somar pelo menos US$ 500 bilhões ao nosso PIB na próxima década. As duas sabem que no mundo de hoje, não adianta uma recuperação da Europa sem que a América Latina consiga se reerguer. Os mercados estão conectados, assim como a geração de postos de trabalho e renda. E elas não querem deixar passar as oportunidades. Arancha e Tereza Cristina não têm vocação para Carolina da música do Chico Buarque: “a banda passou na janela e só Carolina não viu”. Na política externa de Arancha só há espaços para Terezas. Ela desembarcará aqui trazendo seu entusiasmo e o bordão que marcou sua chegada ao governo: “A Espanha está de volta”.


Poder360

Covid-19: Brasil vai receber quatro milhões de doses de vacinas neste fim de semana

 

Covax Facility:  quatro milhões de doses chegam ao Brasil neste fim de semana
Covax Facility: quatro milhões de doses chegam ao Brasil neste fim de semana | Foto: Reprodução/OMS

Ministério da Saúde informou, nesta sexta-feira, 30, que o Brasil vai receber, neste fim de semana, quatro milhões de doses do imunizante da Oxford/AstraZeneca por meio do Covax Facility, um consórcio global com mais de 150 países, criado impulsionar o desenvolvimento de imunizantes contra a covid-19. e a distribuição equitativa deles.

Durante entrevista coletiva em Brasília, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, explicou que haverá três remessas: 220 mil doses chegam no sábado, 1º, e o restante, no domingo, 2. “Serão dois voos, sendo o primeiro com 1,7 milhão e o segundo, com 2,1 milhões de doses”.

Como noticiou OESTE, o anúncio de que o Brasil receberia quatro milhões de doses em maio, já havia sido feito pelo ministro, que não revelou datas. A previsão era receber dois milhões de doses, mas o governo conseguiu a antecipação da remessa prevista para junho.

Com a chegada das 4 milhões de doses no fim de semana, o Ministério da Saúde contabiliza mais de 17 milhões de novas doses de imunizantes contra a covid-19, desde a última quarta-feira, 28.

“São mais de 17 milhões de doses de vacinas em um intervalo de seis dias. Então, 17 milhões de doses. Isso equivale a mais que a população de Portugal, de Israel e Grécia. Mostrando que as ações que estão sendo empreendidas no Ministério da Saúde, em parceria da Opas [Organização Pan-Americana de Saúde], em parceria da OMS [Organização Mundial da Saúde], da nossa diplomacia, estão sendo muito bem sucedidas e trazem uma tranquilidade para a nossa sociedade”, destacou o ministro.


Raquel Hoshino, Revista Oeste

Filósofo Antonio Paim morre aos 94 anos

O filósofo e historiador baiano Antonio Paim morreu nesta sexta-feira, 30, aos 94 anos. A informação foi confirmada em nota oficial divulgada pela Academia Brasileira de Filosofia, da qual Paim foi fundador e presidente de honra.

Vencedor do Prêmio Jabuti em 1985 com o clássico A História das Ideias Filosóficas no Brasil, Paim é considerado um dos grandes expoentes do pensamento liberal brasileiro. No governo de Jair Bolsonaro, passou a ser citado por figuras como o ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodriguez, que, em seu discurso de posse, vinculou a “inspiração liberal-conservadora” na educação a Paim e a Olavo de Carvalho

Em entrevista ao jornal O Globo, em 2019, o filósofo falou sobre sua relação com Vélez Rodriguez, de quem foi professor na década de 1970, e também sobre a ojeriza às ideias socialistas e à chamada “doutrinação marxista”. “O Brasil é o único país do mundo, além da França, onde o comunismo parece que não acabou”, afirmou à época.

Paim
O filósofo e historiador Antônio Paim 
Foto: Reprodução
/ Academia Brasileira de Filosofia

Nascido em Jacobina, no interior da Bahia, em 1927, Antonio Paim estudou filosofia na Universidade Lomonosov, na União Soviética, e na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde depois se tornou professor. Ele ainda lecionou em faculdades como a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e a Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Em nota, o Instituto Liberal disse que o filósofo deixa um “imenso legado” a todos que trabalham para “estruturar a alternativa liberal em bases sólidas”. “O Instituto Liberal se solidariza com os entes queridos e os grandes discípulos formados pelo professor e considera seu dever tomar parte na preservação de sua memória e do significado de seu trabalho.”

O Livres, movimento liberal suprapartidário, publicou em suas redes sociais que Paim é “referência obrigatória para a história das ideias no Brasil e, em especial, do liberalismo brasileiro”.

O Estado de S.Paulo