quinta-feira, 15 de julho de 2021

PGR acusa desembargadora de ganhar relógio avaliado em R$ 450 mil como propina

Maria do Socorro Barreto Santiago, do Tribunal de Justiça da Bahia, teria atuado em benefício de advogado em disputa de terras no Estado


Maria do Socorro Barreto Santiago, desembargadora do  Tribunal de Justiça da Bahia | Foto: Divulgação/TJ-BA fotos
Maria do Socorro Barreto Santiago, desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia | Foto: Divulgação/TJ-BA fotos

Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que Maria do Socorro Barreto Santiago, desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia, ganhou um relógio Rolex avaliado em R$ 449 mil como pagamento de propina. O “presente” teria sido dado por um dos alvos da Operação Faroeste, o advogado Adailton Maturino dos Santos.

O Superior Tribunal de Justiça soltou a juíza no mês passado, que estava detida por supostamente atuar em benefício de Adailton em disputa judicial de terras no oeste da Bahia. Ele continua preso, informou o jornal O Globo, nesta quinta-feira, 15. Os investigadores localizaram o relógio em buscas no endereço de Maria do Socorro.

Ao ser interpelado pela PGR, o vendedor do Rolex afirmou que o objeto fora vendido para o advogado, que o deu de presente à desembargadora.

“A dinâmica delituosa deu-se por meio do recebimento de um relógio Rolex, DAYTONA, Oyster Perpetual, caixa e bracelete em ouro amarelo, mostrador na cor preta, referência 116528, calibre 4130, cuja avaliação atual de modelo semelhante gira em torno de R$ 449.227,0038.”, escreveu a PGR na denúncia movida contra Maria do Socorro e Adailton.

Leia também: “A operação que mostrou que todos são iguais perante a lei”, reportagem publicada na Edição 21 da Revista Oeste

Cristyan Costa, Revista Oeste