sábado, 18 de janeiro de 2020

A imprensa horrorizada com uma citação, mas que se utiliza dos ideais do personagem

Tempos estranhos.
Alvim errou. Errou feio. Uma frase de Goebbels é irreproduzível. Traz à tona um dos episódios mais vergonhosos da humanidade.
Perdeu o cargo, massacrado por uma imprensa horrorizada, que se surpreende com uma citação, mas não se abstém de utilizar, diuturnamente, os ideais do mesmo personagem.
Joseph Goebbels, o ministro da propaganda nazista, foi quem ensinou a estratégia primária da esquerda, na guerra cultural: "Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade".
Pergunto, então: O que demonstra mais admiração? Palavras ou atitudes?
Mídia e militância, incessantemente, utilizam-se desta máxima, para atacar adversários ou reescrever a própria história.
Foi assim, exatamente assim, que Bolsonaro virou o homofóbico que nunca agrediu um gay; o racista melhor amigo de um negro; o torturador que nunca torturou; o assassino sem nenhum homicídio.
Foi assim, também, que o próprio Hitler, que se declarava socialista e anti-capitalismo, tornou-se símbolo da extrema direita; que o Holodomor, um genocídio maior que o holocausto, foi negado; que Che Guevara, um psicopata homicida, passou a estampar camisetas e ideias; que Mandela, torturador e assassino, virou um ícone mundial da paz.
Hoje, os discípulos de Goebbels, mais uma vez, mostraram a força de sua teoria.
Em um vídeo de 6 minutos, atentaram-se somente a UMA FRASE e utilizaram desta narrativa para derrubar um Secretário de Estado.
Propositalmente, ignoraram todo o conteúdo. O PRÊMIO NACIONAL DAS ARTES, projeto genial de Alvim para o resgate da cultura brasileira, tão abandonada e massacrada nas últimas décadas, tornou-se irrelevante.
A cultura é um dos principais pilares a serem dominados, na guerra ideológica.
É através dela que mantemos ou destruímos toda a identidade de um povo. Por isso a esquerda tanto faz questão de deturpar a arte e extinguir o belo.
Massacrando adversários e tomando para si a hegemonia do bem, eles venceram mais uma.
Se alguém tem dúvidas de como os nazistas conseguiram o apoio de todo um país, para cometer as atrocidades que cometeram, hoje nós tivemos uma lição prática.
Diabolicamente eficiente.
"Os fascistas do futuro chamarão a si próprios de antifascistas." (CHURCHILL, Winston)

Felipe Fiamenghi

O Brasil não é para amadores.

Jornal da Cidade