quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Ilan decide não permanecer na presidência do Banco Central

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, não vai permanecer no comando da autoridade monetária no governo Jair Bolsonaro, segundo apurou o Estadoapurou. A interlocutores, Ilan afirmou que não aceitará o convite por motivos pessoais. O presidente do BC já teria avisado o futuro ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, sobre sua decisão.
Campos Neto é o mais cotado no momento. Na Terça-feira (13), ele esteve no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde a equipe de transição está trabalhando.
Ilan Goldfajn
Ilan poderia ficar no cargo até 2020, e não até o fim do novo
governo Bolsonaro. Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino
Um integrante do futuro governo elogiou Roberto Campos Neto, dizendo que ele é um nome muito bom.
Procurada na noite de ontem, a assessoria do Banco Central não se pronunciou. Guedes não havia sido localizado para tratar do assunto.

Transição

Na semana passada, fontes da equipe de transição disseram que sua permanência no BC dependia de "motivação pessoal" e que seu nome não estava descartado. Até então, não havia confirmação sobre um convite formal e direto a Ilan.
Guedes e o presidente eleito, Jair Bolsonaro, declararam em diversas ocasiões que tinham o desejo de manter o atual presidente do BC no cargo, mas também era de conhecimento público que eles chegaram a trabalhar com cinco opções para substituí-lo.
O que se dizia em Brasília é que a permanência de Ilan no cargo em 2019 dependia da aprovação do projeto de autonomia do Banco Central, atualmente em tramitação na Câmara. O principal ponto da proposta é a definição de mandatos fixos para os dirigentes do BC a partir de março de 2020.

Ilan voltou na segunda-feira de uma viagem à Suíça, cumpriu agenda até ontem no Brasil e agora vai tirar férias até o dia 20 de novembro. 

Luciana Dyniewicz e Fabrício de Castro, O Estado de S. Paulo