O juiz da Lava-Jato poderá indicar todo o primeiro escalão da Ministério da Justiça, incluindo o diretor-geral da Polícia Federal. Atualmente, cabe ao presidente da República apontar o comandante da instituição.
- Ele vai indicar todos que virão compor o primeiro escalão (do ministério), inclusive o chefe da Polícia Federal - disse Bolsonaro, confirmando a extinção do ministério da Segurança Pública, cuja estrutura passa a ser subordinada a Moro.
Há a expectativa de que o "superministério" da Justiça abarque as atribuições do Ministério da Transparência e a Controladoria-Geral da União. A informação, porém, não foi confirmada.
- É um 'Superministério da Justiça'. Teremos uma parte do Coaf dentro do Ministério da Justiça para que ele tenha em tempo real todas as informações para combater efetivamente, mais do que a corrupção, o crime organizado que tem levado o terror em todo o Brasil - disse o presidente eleito às emissoras de televisão católica.
Bolsonaro reafirmou em entrevista à RecordTV que Moro terá "total liberdade" e não vai interferir no combate à corrupção, mesmo que porventura envolvesse integrantes de sua família.
- Eu não vou interferir em absolutamente nada que venha a ocorrer dentro da Justiça no tocante a esse combate à corrupção. Mesmo que viesse a mexer com alguém da minha família no futuro. Não importa. Eu disse a ele: é liberdade total pra trabalhar pelo Brasil - disse Bolsonaro à RecordTV.
Jussara Soares, O Globo