O presidente eleito da Argentina, Maurício Macri, vem ao Brasil na próxima sexta-feira para uma audiência com a presidente Dilma Rousseff. O encontro, segundo o Itamaraty, está marcado para às 10h, no Palácio do Planalto. A posse do opositor ao kirchnerismo será apenas no dia 10, mas a reunião com Dilma marcará o início das novas relações entre os dois países.
As declarações de Macri logo após a vitória, de que pediria a suspensão da Venezuela do Mercosul, preocuparam o governo brasileiro. O Planalto já demonstrou que não apoiará a ideia, caso ela seja levada adiante, por considerar que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foi eleito democraticamente. Nessa segunda-feira, em Paris, Dilma já descartou defender a suspensão, como pretende o argentino.
Apesar de ter apoiado a candidatura do governista Daniel Scioli à Presidência argentina, Dilma pretendia ir à posse de Macri na próxima semana. No entanto, a viagem da presidente depende da revisão da meta fiscal pelo Congresso para que a utilização de despesas pelo governo volte ao normal.
Só no primeiro dia de governo, Macri se reunirá com cinco chefes de Estado estrangeiros. Ele recebeu elogios de vários líderes mundiais, mais recentemente de Barack Obama, François Hollande, e Mariano Rajoy. O presidente do governo espanhol, aliás, se mostra um aliado. Após um encontro com Macri, seu chanceler, José Manuel García Margallo, disse que a relação entre os dois países melhorará “exponencialmente”. Nas relações exteriores, começará se encontrando com Dilma Rousseff e pedindo a suspensão da Venezuela no Mercosul.
