quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

"A menor parcela de um experimento catastrófico"

Com O Antagonista



O Globo publica um editorial forte sobre Dilma Rousseff e o fim do modelo lulopetista. O jornal fez a coisa certa ao não separar criador e criatura.
Leiam um trecho:
"Dilma é o fio condutor pelo qual o lulopetismo põe em prática o projeto dos sonhos: dirigista, concentrador de rendas da sociedade no Estado, este aparelhado pelo partido, a fim de redistribuir o dinheiro do contribuinte para fazer o “bem” ao pobres e aos empresários escolhidos para ser futuros “campeões nacionais”.
Portanto, a seriíssima crise na qual Dilma 1 embalou o Brasil precisa ser colocada numa contexto amplo. Esses 12 meses de 2015 são apenas a menor parcela de um experimento catastrófico. Ele foi sinalizado a partir do final do primeiro mandato de Lula, quando, afastado José Dirceu da Casa Civil, Dilma, a substituta, rejeitou, por “rudimentar”, a proposta que lhe foi apresentada pelos ministros da Fazenda e Planejamento, Antonio Palocci e Paulo Bernardo, para impedir que as despesas públicas crescessem mais que o PIB. A ideia, correta, sensata, livraria o país desta que deve ser a mais grave crise desde a provocada pela Grande Depressão americana, em 1929/30. Consta que Lula, sempre ardiloso, ordenou a Dilma matar na origem aquela proposta, contrária ao ideário do 'Estado forte'."
Como sempre dissemos, Dilma continuou o que Lula começou. O chefão petista apenas teve a sorte de contar com circunstâncias internacionais favoráveis, que evitaram o desastre completo durante os seus mandatos.
Lula e Dilma são faces de uma mesma moeda cada vez mais desvalorizada.