segunda-feira, 28 de junho de 2021

Mercado encosta previsão da inflação em 6% e projeta alta maior do PIB em 2021

Fontes do Banco Central elevam a expectativa para o IPCA pela 12ª semana consecutiva; estimativa para a recuperação da economia sobe para 5,05%


Adriano Machado/ReutersFontes consultadas pelo Banco Central aumentam as expectativas para o avanço da inflação do PIB em 2021

mercado financeiro revisou para cima as previsões de inflação e recuperação da economia brasileira em 2021, segundo dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira, 28. Economistas e entidades consultadas pelo Banco Central passaram a ver o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação brasileira, a 5,97%, ante 5,90% na semana passada, e 5,31% há um mês. Esta foi a 12ª semana seguida de aumento da estimativa. O IPCA-15, considerado a prévia da inflação, foi a 0,83% em junho e acumulou avanço de 8,13% nos últimos 12 meses. O BC estimou na semana passada que a inflação encerre o ano com alta de 5,80%, acima do teto da meta de 5,25%, com centro de 3,75% e piso de 2,25%. 

As fontes do BC mantiveram a previsão para o IPCA em 2022 a 3,78%, mesmo valor da semana passada. Há um mês, a estimativa apontava avanço de 3,68%. A meta para a inflação no ano que vem é de 3,50%, com variação entre 2% e 5%. 

A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) foi revista para 5,05%, acima dos 5% estimados na semana passada e 3,96% há um mês. Para 2022, a estimativa para o avanço da economia subiu levemente para 2,11%, ante 2,10% na edição passada e 2,25% há um mês.

As fontes do BC seguraram a previsão com a Selic em 6,50% ao ano, a mesma estimativa da semana passada e acima da projeção de 5,75% há um mês. A autoridade monetária elevou a taxa básica de juros para 4,25% neste mês e sinalizou novo acréscimo de 0,75 ponto percentual em agosto, aumentando a Selic para 5% ao ano. 

Em comunicado, o BC “deixou a porta aberta” para uma alta mais incisiva, estimada pelos analistas em 1 ponto percentual. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, também reforçou a estratégia de elevar os juros ao patamar neutro, quando não estimula nem prejudica a atividade econômica. O valor é estimado pelos especialistas em 6,50% ao ano. A previsão para o câmbio se manteve em R$ 5,10, valor igual ao da semana passada e abaixo dos R$ 5,30 previstos há um mês. 

Jovem Pan