quarta-feira, 28 de março de 2018

Amazon e Apple derrubam índice de tecnologia na bolsa dos EUA


Homem fotografa o prédio da Nasdaq com mensagens
de boas-vindas para o Facebook - Reuters

Reuters


NOVA YORK - As empresas de tecnologia continuam a enfrentar um novo dia de perdas nesta quarta-feira, com as gigantes Amazon e Apple arrastando para baixo o Nasdaq, índice que reúne empresas tecnologicas na bolsa americana.

A Amazon chegou a cair mais de 5% depois da notícia de que o presidente americano Donald Trump pretende mudar o sistema de impostos da empresa.

Já a Apple cai 1,6% com a divulgação de uma análise do Goldman Sachs, que prevê uma queda nas vendas do iPhone para o primeiro semestre do ano. Segundo o banco, há uma queda da demanda pelo produto.

O Facebook, por outro lado, vê suas ações se recuperando mais de 2%, depois que prometeu dar mais controle aos usuários sobre sua privacidade. A empresa anunciou que irá tornar o menu de configurações da plataforma mais simples, para que as pessoas possam acessá-las mais facilmente.

Mesmo assim, a companhia já perdeu mais de US$ 100 bilhões em valor de mercado desde o dia 16 de março, quando reconheceu que o uso ilegal de informações dos internalutas pela Cambridge Analytica.

— Fizemos o Facebook fazer alguns pronunciamentos, o que, obviamente, está diminuindo um pouco da pressão sobre os papéis da empresa — disse Andre Bakhos, diretor da New Vines Capital LLC. — É o suficiente para conseguir um refresco, mas a maioria dos investidores ainda deve esperar a poeira baixar para voltar a comprar.

Mercados do mundo inteiro sofrem este mês com a guerra comercial entre Estados Unidos e China, com o presidente americano ameaçando impor sobretaxas aos produtos chineses. Comentários de funcionários dos EUA e da China haviam dado a impressão de que os dois países negociariam essa decisão.

Agora, porém, a China deve anunciar uma lista de tarifas retaliatórias sobre as exportações dos EUA, segundo informou o jornal "Global Times" nesta quarta-feira.

Com isso, os principais índices estão caminhando para o pior mês desde janeiro de 2016