A Câmara dos Deputados deve decidir, em sessão nesta quarta (2), se a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer (PMDB) poderá seguir para o STF (Supremo Tribunal Federal).
O peemedebista é acusado de corrupção passiva por ter supostamente recebido R$ 500 mil da JBS, entregues em uma mala a seu aliado, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Temer é o primeiro presidente a ser denunciado no exercício do cargo.
A sessão começou por volta das 9h, com a fase de debates. Porém a votação só irá adiante com a presença mínima de 342 parlamentares em plenário. Esse também é o número mínimo de votos necessários para que a Câmara, que tem 513 deputados, aceite a denúncia e, assim, afaste Temer temporariamente do cargo.
Uma enquete realizada pela Folha apontou que 209 deputados (ou seja, 41% da Casa) ainda evitam declarar como se posicionarão. Quatro não votarão. Já 195 afirmam que votarão pela aceitação da denúncia e 105 disseram abertamente que vão apoiar o presidente.
Nas contas do governo, 280 parlamentares devem votar para barrar a denúncia.
O peemedebista é acusado de corrupção passiva por ter supostamente recebido R$ 500 mil da JBS, entregues em uma mala a seu aliado, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Temer é o primeiro presidente a ser denunciado no exercício do cargo.
A sessão começou por volta das 9h, com a fase de debates. Porém a votação só irá adiante com a presença mínima de 342 parlamentares em plenário. Esse também é o número mínimo de votos necessários para que a Câmara, que tem 513 deputados, aceite a denúncia e, assim, afaste Temer temporariamente do cargo.
Uma enquete realizada pela Folha apontou que 209 deputados (ou seja, 41% da Casa) ainda evitam declarar como se posicionarão. Quatro não votarão. Já 195 afirmam que votarão pela aceitação da denúncia e 105 disseram abertamente que vão apoiar o presidente.
Nas contas do governo, 280 parlamentares devem votar para barrar a denúncia.
acompanhe
- Quem são os dez ministros exonerados para voltar à CâmaraAntonio Imbassahy (PSDB-BA)
Ministro-chefe da Secretaria de GovernoMendonça Filho (DEM-PE)
Ministro da EducaçãoBruno Araújo (PSDB-PE)
Ministro das CidadesFernando Filho (PSB-PE)
Ministro de Minas e EnergiaOsmar Terra (PMDB - RS)
Ministro do Desenvolvimento SocialLeonardo Picciani (PMDB-RJ)
Ministro do EsporteSarney Filho (PV-MA)
Ministro do Meio AmbienteRonaldo Nogueira (PTB-RS)
Ministro do TrabalhoMarx Beltrão (PMDB-AL)
Ministro do TurismoMaurício Quintella Lessa (PR-AL)
Ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil - Câmara já tem deputados suficientes para abrir a sessãoÀs 8h47, a Câmara atingiu os 52 deputados presentes na Casa para abrir a sessão, marcada para as 9h.A votação só pode começar depois que 342 deputados registrarem presença. (DANIEL CARVALHO)
- Congresso amanhece com segurança reforçadaO Congresso Nacional amanheceu com a segurança reforçada nesta quarta-feira (2).Apenas carros de autoridades têm acesso à chapelaria, entrada principal do Legislativo. Apesar do clima de tranquilidade na Esplanada dos Ministérios, há mais policiais militares que o comum no local. (DANIEL CARVALHO)
Daniel Carvalho/Folhapress Congresso reforça segurança antes da votação de denúncia contra Temer - Quem barrar denúncia fará 'esforço pelo país', diz Temer a aliadosEm jantar com aliados na terça-feira (1º), o presidente fez um apelo para que os parlamentares governistas marquem presença na votação da denúncia.Temer afirmou a sua base que quem votar para barrar a denúncia estará fazendo um 'esforço pelo país' e permitirá que o Brasil "inaugure uma nova fase" de sua história.Ele também disse que o conteúdo da acusação é frágil e que foi vítima de um "banditismo conspiratório" do empresário Joesley Batista.O peemedebista participou de jantar promovido pelo vice-presidente da Câmara, Fabio Ramalho (PMDB-RJ), em seu apartamento em Brasília. (GUSTAVO URIBE)
- Antes da sessão, Temer discutirá defesa com seu advogadoNa manhã desta quarta-feira (02), antes da fase de discursos, o presidente se reunirá com o seu advogado, Antonio Mariz de Oliveira, para discutir estratégias de defesa na Câmara.Mariz terá tempo regimental para defender Michel Temer em plenário. A liderança do governo também distribuirá cartilhas para afinar o discurso da base aliada contra a denúncia.O presidente continuará a receber parlamentares indecisos, mas reservou boa parte de sua agenda para assistir à sessão parlamentar no gabinete presidencial. (GUSTAVO URIBE)
- Temer exonera dez ministros para que retornem à CâmaraO presidente Michel Temer exonerou temporariamente nesta quarta-feira (02) dez ministros. Ele afastou os auxiliares que têm mandato parlamentar para que saiam em sua defesa em plenário, ajudem a sessão a ter quorum e garantam votos para barrar acusação por corrupção passiva. A ideia é eles voltem aos cargos na quinta (3).As exonerações foram publicadas no "Diário Oficial da União". Só os ministros Raul Jungmann (Defesa) e Ricardo Barros (Saúde), que também detêm mandatos parlamentares, foram mantidos nos cargos. O discurso é de que eles continuaram para que iniciativas das pastas não sejam afetadas. (GUSTAVO URIBE)
- Temer promete cargos no segundo e terceiro escalão para quem barrar denúnciaO presidente Michel Temer autorizou aliados a sinalizar com a redistribuição de cargos no segundo e terceiro escalão do governo para aqueles deputados que votarem para barrar a denúncia contra ele na sessão marcada para esta quarta (2) na Câmara.A Folha apurou que o governo notou maior insatisfação da base aliada pela falta de retaliação a parlamentares que votaram contra o presidente na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), em julho. Esses deputados reclamam que quem não apoiou o presidente ainda tem cargos no segundo e terceiro escalão, importantes para impulsionar candidaturas em ano pré-eleitoral.Temer, então, autorizou sua tropa de choque a renegociar esses postos e prometer redistribuí-los após a votação da denúncia. Nos últimos dias, deputados passaram a ouvir a promessa do Planalto de que, passada a votação, quem for fiéis ao governo ficará com os cargos de quem votaram contra o presidente, inclusive na CCJ. (MARINA DIAS)