segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Integrante da organização criminosa do Lula, Pizzolato é liberado pela Justiça do DF para trabalhar na empresa de Luiz Estevão


Henrique Pizzolato - Givaldo Barbosa / Agência O Globo


Com O Globo



A Justiça do Distrito Federal autorizou o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato a trabalhar durante o dia. Preso no mensalão, Pizzolato cumpre a pena no Complexo da Papuda.

O Ministério Público (MP) questionou a proposta de trabalho “nos moldes propostos”, porque a empresa onde Pizzolato vai trabalhar pertence a um companheiro de cela, o ex-senador e empresário Luiz Estevão, condenado a 31 anos de prisão por desvio de dinheiro destinado às obras da construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região em São Paulo, na década de 1990.

Na decisão, a juíza Leila Cury ressalta que o benefício, "além de ser fundamental para ressocialização”, também é “compatível com o regime semiaberto, independentemente do cumprimento do requisito de 1/6 da pena".

Cury lembra ainda que "a concessão do benefício de trabalho externo, neste momento, constitui uma possibilidade de se avaliar a disciplina, autodeterminação e responsabilidade do reeducando antes de uma possível transferência para um regime de pena mais avançado".

A juíza determinou que o local, os dias e os horários das atividades sejam regularmente fiscalizados. A empresa assinou um termo de compromisso e também será responsável pela supervisão do trabalho.

Pizzolato fugiu para a Itália antes de ser preso, mas foi extraditado para o Brasil em outubro de 2015. Na Itália, ele ficou atrás das grades por alguns meses, tempo que foi computado como parte da pena. Ele foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro no esquema do mensalão do PT.