quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Após Câmara barrar denúncia, Temer fala em colocar país nos trilhos do crescimento

Folha de São Paulo

A Câmara dos Deputados barrou nesta quarta-feira (2) a denúncia em que a Procuradoria-Geral da República acusa o presidente Michel Temer de ter cometido crime de corrupção.

Às 20h41, 184 deputados haviam se posicionaram contra autorização para o Supremo Tribunal Federal analisar o caso, possivelmente levando ao afastamento do presidente por 180 dias. Outros 157 haviam sido favoráveis ao aval a essa acusação do Ministério Público, que tem como base a delação de executivos da JBS.

O número mínimo de votantes para que a sessão fosse considerada válida era 342. Apesar de já ter sido superado, a votação continua. Acompanhe aqui em tempo real.

Temer nega todas as acusações e diz que a peça assinada por Rodrigo Janot é uma "ficção" baseada em um ato criminoso patrocinado por um "cafajeste" e "bandido" -em referência à gravação feita por Joesley Batista, da JBS, de uma conversa que o empresário teve com o presidente no porão do Palácio do Jaburu. Com a decisão da Câmara, a denúncia fica congelada até o fim do mandato de Temer, em dezembro do ano que vem.



Após votação, Maia diz que o 'tempo' vai resolver relação com o governo
Depois de mais de 12 horas de sessão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) reconheceu nesta quarta-feira (2) que houve uma animosidade sobre uma eventual sucessão do presidente Michel Temer. "Foi um processo de aprendizado e a gente aprende com coisas boas e coisas ruins. E, de fato, o entorno do presidente teve uma relação muito ruim comigo, muito desrespeitosa. Mas o tempo vai resolver isso", disse.
Maia comemorou o placar da votação que barrou a denúncia por corrupção passiva contra Temer. Dentro da previsão do governo, 263 deputados votaram contra a continuidade do processo que poderia transformar o presidente em réu. Leia mais
Daniel Carvalho/Folhapress
Rodrigo Maia conversa com o ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) durante sessão
Rodrigo Maia conversa com o ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) durante sessão