sábado, 6 de fevereiro de 2016

Colômbia tem 3 mortes associadas ao zika e a síndrome neurológica


Ministro da Saúde colombiano Alejandro Gaviria - ANDRES STAPFF / REUTERS


O Globo com agências internacionais


País registrou mais de 22.600 casos de infecção do vírus


ministro da Saúde colombiano Alejandro Gaviria confirmou na sexta-feira a morte de três pessoas causada pela síndrome de Guillain-Barré. Segundo o governo, as vítimas desenvolveram o distúrbio neurológico após o contágio do vírus zika.

O ministro disse que, além da possibilidade da relação entre o vírus a microcefalia, a síndrome passa a ser agora uma “grande preocupação”.

— Quando falamos de mortalidade por zika, o que mais nos preocupa é a associação à síndrome de Guillain-Barré — disse o ministro.

O ministro mencionou ainda o primeiro caso conhecido após o surto do vírus de aborto espontâneo de um feto com microcefalia. Entretanto, ele afirmou que não está provado que o evento tenha ocorrido por causa do contágio do zika.

— Não há evidência de que o zika causa o aborto. Há que ser bem claro em relação a esse tema — disse Gaviria — A relação não é zika e aborto. É microcefalia e aborto — insistiu.
O ministro também criticou o posicionamento da ONU a favor da reformulação de leis na América Latina para facilitar e legalizar o aborto.

— É como se algumas organizações europeias não conhecessem os avanços que temos em termos de métodos contraceptivos e acesso legal ao aborto — disse ele, que acrescentou: — Veem a América Latina como se estivéssimos no ano de 1960 e desconhecem 50 anos de história exitosa em termos de controle de natalidade.

PÁIS REGISTRA 22.600 CASOS DE ZIKA

O Instituto Nacional de Saúde da Colômbia informou neste sábado que o país registrou mais de 22.600 casos de infecção do vírus zika. Desses, 2.800 são de mulheres grávidas. Só nas quatro primeiras semanas de 2016, quase 11 mil pessoas pessoas foram infectadas no país.

O vírus zika está presente em 205 municípios da Colômbia, 43% dos casos concentrados na região central do país e 20,9% no Caribe. A previsão das autoridades do país é que pelo menos 600 mil pessoas sejam contagiadas com o vírus este ano.