No conjunto dessas articulações, essas siglas ficaram mais a direita que na esquerda, e para quem tem uma visão alta do Congresso, Bolsonaro saiu no lucro.
Agora o presidente muda o foco, e aceita dar entrevistas a veículos que mantinham um ataque extensivo a seu governo. A ideia é quebrar os blocos de mídia, assim como fez com os partidos que balançavam no muro.
Comecem a olhar as críticas que a Veja recebeu da esquerda pela capa da entrevista, e vai entender de longe a estratégia do presidente.
Se alguns veículos começarem uma crítica extensiva de uns aos outros, pelo novo posicionamento, isso desarticula grandes ataques, e ainda cria canais de informação que as redes sociais começaram a cortar.
Nessa entrevista ele fala sobre uma possível tranquilidade com a adesão dos militares nos processos eleitorais, e isso é um sinal positivo para quem estava impaciente com isso. A inteligência do exército vai compor o processo eleitoral, e mesmo com a urna eletrônica, vejo uma dificuldade a mais para a oposição jogar sujo.
No caso do Alexandre Garcia, não se preocupem. Segundo alguns amigos próximos, ele já recebeu propostas de trabalho de outras três emissoras, e deve voltar entre Novembro e Fevereiro, com muito mais tempo e liberdade para opinar tranquilo. Minha aposta é que vai para Jovem Pan, Record ou RedeTV.
Prestem atenção no leilão do 5G aprovado para o governo. Ele vai ser fundamental na manutenção dos processos sociais que o executivo que implantar, pelos bilhões que vai trazer. A CPI fracassada está para acabar, e agora deve-se começar uma estratégia importante: a captura dos neutros e alienados a política.
O presidente não parou de jogar.
Segurem as críticas até 2022. Com base, e muitos parlamentares no Congresso, nossa realidade pode melhorar significativamente.
Victor Vonn Serran
Articulista
Jornal da Cidade