segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Jovem Pan reage a pedido de Calheiros para quebra de sigilo

Emissora fala em 'acusação genérica' e afirma que objetivo do relator da CPI da Covid é 'cercear a liberdade de imprensa no Brasil'


Em nota, Jovem Pan rebateu acusações do senador Renan Calheiros, relator da CPI da Covid
Em nota, Jovem Pan rebateu acusações do senador Renan Calheiros, relator da CPI da Covid | Foto: Divulgação/Jovem Pan

Alvo de um pedido de quebra de sigilo bancário apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, a Jovem Pan reagiu, em nota oficial divulgada na noite de domingo 1º. No comunicado, a emissora afirma que “pedidos do gênero são injustificáveis”.

“Os balanços da Jovem Pan são publicados anualmente no Diário Oficial. Para que não restem dúvidas quanto à transparência do comportamento da Jovem Pan, republicamos os balanços em nosso site”, diz a rádio.

No texto, a emissora lembra ainda que a acusação de Calheiros “não se enquadra no fato determinado para a criação da CPI”. “Diferentemente do que afirma Calheiros, a história da Jovem Pan comprova que, ao longo de seus 77 anos de existência, a empresa jamais disseminou fake news. Os profissionais da Jovem Pan divulgam fatos e os analisam segundo diferentes pontos de vista. O autor do pedido não especifica quais profissionais disseminaram notícias mentirosas e em quais programas isso teria ocorrido. Fica claro, portanto, que se trata de uma acusação genérica que tem por única finalidade cercear a liberdade de imprensa no Brasil”, diz a nota.

Em seu pedido, o senador alagoano acusa a Jovem Pan de de ser “protagonista na divulgação das chamadas fake news” sobre a pandemia de covid-19. O objetivo da quebra de sigilo, segundo Calheiros, seria analisar as contas da empresa a partir de 2018, para descobrir se a emissora recebeu aportes financeiros após a pandemia e estabelecer um paralelo com base nos anos anteriores ao surgimento da covid-19.

Fábio Matos, Revista Oeste