O empresário Otavio Fakhoury vem sendo alvo de calúnias e distorções na grande imprensa desde o momento em que houve o vazamento para a Rede Globo das mais de mil páginas do Inquérito 4828 dos chamados “atos antidemocráticos”, que estava até então sob sigilo de justiça. A partir do vazamento, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu pela retirada do sigilo do inquérito.
Trechos dos documentos da investigação conduzida pela Polícia Federal vem sendo expostos na grande imprensa de maneira deliberadamente distorcida e fora de contexto, para passar à opinião pública a impressão de que os fatos descritos nas investigações constituem-se em ilicitudes praticados pelos investigados.
Ocorre que a própria Polícia Federal, como se pode constatar nos documentos agora tornados públicos, concluiu pela ausência de qualquer ilegalidade nos fatos investigados. A Procuradoria-Geral da República, por sua vez, solicitou na última sexta-feira (04/06) o arquivamento do inquérito por ausência de indícios de fato criminoso.
O pedido de arquivamento do inquérito por parte da Procuradoria-Geral da República tem uma enorme relevância, pois evidencia o malogro da tentativa que vem ocorrendo há mais de um ano de tentar criminalizar a atividade política legítima e legal exercida pelos conservadores. Em entrevista ao programa Boletim da Noite do canal Terça Livre TV desta quinta-feira (10/06), o jurista Rogério Greco foi enfático:
“Este pedido de arquivamento [do inquérito sobre os supostos atos antidemocráticos] não pode ser desatendido. Primeiro por conta da aplicação do Art. 28 do Código de Processo Penal, por que quem decide em última instância sobre arquivar ou não arquivar [um inquérito] é o Ministério Público, que é o titular da ação penal”.
“É o Ministério Público que é o chamado dominus litis, ele é o dono da ação penal, e não o Supremo Tribunal Federal. Portanto (…) quem decide se vai propor ou não a ação penal é o Ministério Público. E ele já decidiu pelo pedido de arquivamento do inquérito policial”.
Portanto, diante da patente ausência de ilicitudes por parte dos investigados no Inquérito 4828, conforme atestado pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República, a grande imprensa passou a valer-se da construção de narrativas mentirosas e distorcidas, com o propósito de promover assassinato de reputações de pessoas inocentes que não cometeram crime algum.
Ou seja, a grande imprensa passou a valer-se de um documento oficial de investigação policial para, a partir de dele, exibir conclusões ou sugerir ilicitudes que estão manifestamente ausentes das conclusões da própria investigação.
Esta operação de desinformação do público levada adiante pela grande imprensa constitui-se na prática mais explícita de produção de fake news por parte desta grande imprensa, com a finalidade de enganar o público e tentar incriminar pessoas que, após mais um ano de investigação, constatou-se não terem cometido ilicitude alguma.
Um dos alvos desta operação de desinformação, o empresário Otávio Fakhoury participou nesta sexta-feira (11/06) do programa Morning Show, da Rádio Jovem Pan de São Paulo, para tratar do tema. Questionado sobre a existência do imaginário “gabinete do ódio”, o empresário não apenas negou, como lembrou que não existe nenhuma estrutura central de comando ou coisa semelhante que coordene as ações dos ativistas conservadores e de direita.
Depois de expor brevemente sua trajetória de ativista dos movimentos de rua que surgiram no final da era petista, o empresário enfatizou que sua atuação política sempre ocorreu nos marcos da legalidade, inclusive no apoio dado a estes movimentos e campanhas políticas. E informou que irá processar na justiça o deputado petista Paulo Teixeira, que mentiu e cometeu calúnia ao acusar o empresário de suposto caixa dois.
Questionado sobre o porquê do Inquérito 4828 e das perseguições que os bolsonaristas têm sido alvo, Otávio Fakhoury apontou a questão central: lembrou que a vitória de Jair Bolsonaro nas últimas eleições presidenciais ocorreu por conta do envolvimento espontâneo e voluntário, e não organizado, de milhares e milhares de brasileiros de bem que na prática conduziram a campanha.
Iniciadas as perseguições e intimidações, o resultado foi um enfraquecimento destes próprios movimentos, pois as pessoas passaram a ficar receosas de exercer o que deveria ser sua liberdade de pensamento e de opinião. Em consequência, começou-se a quebrar e enfraquecer o ativismo conservador que sempre esteve na base e na raiz do movimento político que levou Jair Bolsonaro à Presidência da República.
A entrevista do empresário Otávio Fakhoury ao programa Morning Show da Jovem Pan, que pode ser vista neste vídeo aqui a partir do minuto 42, levantou também outros pontos como a importância do plebiscito como forma de expressão da vontade popular numa democracia, inclusive para discutir propostas de reformulação das instâncias superiores da justiça.
A entrevista e, paralelamente, a decisão da Procuradoria-Geral da República de pedir o arquivamento do inquérito inserem-se no contexto de uma anomalia que país vem passando há cerca de um ano, quando a opinião e as manifestações políticas ordeiras e pacíficas da direita e dos conservadores passaram a ser alvo de tentativa de criminalização.
Esta perseguição à liberdade de expressão e de manifestação política pacífica dos conservadores precisa chegar ao fim. O primeiro passo nesse sentido foi dado pela própria Procuradoria-Geral da República, ao pedir o arquivamento do inquérito dos atos supostamente antidemocráticos. O que por si só é uma demonstração cabal de que não existe nada de ilícito na atuação política dos conservadores, como o empresário Otávio Fakhoury deixou evidenciado na entrevista.
Paulo Eneas, Crítica Nacional