sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Brasil está a caminho de um 'upgrade' na nota de crédito, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil está "a caminho" de um “upgrade” na nota de crédito dada por agências de rating e que isso pode ocorrer em um prazo menor do que dois anos. Nesta quarta-feira, 11, a  S&P alterou a perspectiva para o rating brasileiro de “estável” para “positiva”, o que indica possibilidade de melhora nos próximos dois anos.
“A S&P está percebendo a efetividade das reformas que estamos implementando. A expectativa é que estamos a caminho do upgrade, isso geralmente leva dois anos, mas eu acho até que vamos conseguir antecipar”, afirmou, ao deixar um almoço com a Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos nesta quinta-feira, 12.  
Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes. Foto: Olivier Douliery/AFP - 25/11/2019
A mudança de rating deixa o Brasil mais próximo de subir na classificação concedida pela agência nos próximos meses. A economia brasileira ainda está dois graus distantes do grau de investimento, sob a classificação da S&P. A marca, perdida em 2015, é uma espécie de "selo de bom pagador" que assegura a capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros.
Guedes frisou que a melhoria na perspectiva mostra que a economia brasileira está melhorando. Ele listou a aprovação de reformas e a redução do déficit fiscal e da taxa de juros. “O Brasil está reacelerando, os investimentos estão sendo retomados. Se mantivermos ritmo de reformas, Brasil vai retomar crescimento acelerado muito rapidamente”, completou.

Nota

Na quarta, a S&P manteve o rating BB- do Brasil, mas melhorou a perspectiva. A agência destacou que o governo continua a implementar medidas de consolidação voltadas para reduzir o "ainda grande déficit fiscal" do País.

“Isso, junto com taxas de juros mais baixos e a gradual implementação de uma agenda de reforma devem contribuir para um crescimento e perspectivas de investimento um pouco mais forte ao longo dos próximos três anos, contanto que prossiga uma melhora gradual nos resultados fiscais", disse a agência.

Lorenna Rodrigues, O Estado de S.Paulo