domingo, 11 de novembro de 2018

Líderes mundiais se reúnem na França para Centenário do Armistício da 1ª Guerra

Mais de 70 chefes de Estado e de governo do mundo se reuniram em Paris neste domingo, 11, para as cerimônias do centenário do fim da Primeira Guerra MundialA sessão solene foi realizada sob céu chuvoso no Arco do Triunfo, um dos principais monumentos da capital francesa. 
O presidente dos EUA, Donald Trump, o presidente russo Vladimir Putin, a chanceler alemã Angela Merkel e dezenas de monarcas, presidentes e primeiros-ministros da Europa, África, Oriente Médio, juntaram-se ao presidente francês Emmanuel Macronpara marcar o momento. 
Líderes mundiais
Presidente dos EUA, Donald Trump, presidente russo Vladimir Putin, a chanceler alemã Angela Merkel e dezenas de monarcas, presidentes e primeiros-ministros participaram da cerimônia.  Foto: Francois Mori / AFP
O presidente da França alertou sobre os perigos do nacionalismo em seu discurso dirigido diretamente à crescente onda de populismo nos Estados Unidos e na Europa. Macron disse que os "demônios antigos" que causaram a Primeira Guerra Mundial e milhões de mortes estão crescendo mais forte.
"O patriotismo é exatamente o oposto do nacionalismo. O nacionalismo é uma traição ao patriotismo. Ao dizer 'nossos interesses primeiro', aconteça o que acontecer com os outros, você apaga a coisa mais preciosa que uma nação pode ter, aquilo que o torna vivo, aquilo que faz com que seja grande e que o que é mais importante: seus valores morais".
Macron se estabeleceu como o desmembramento da Europa aos movimentos nacionalistas que atacam as abordagens globais. "A lição da Grande Guerra não pode ser a do ressentimento entre os povos, nem o passado deve ser esquecido."Juntos, podemos evitar as ameaças do aquecimento global e a destruição do meio ambiente, a pobreza, a fome, as doenças, as desigualdades, a ignorância", reforçou.
A cerimônia é a peça central das homenagens globais para homenagear os 10 milhões de soldados que foram mortos durante a guerra de 1914 a 1918, e relembrar o Armistício, acordo assinado no nordeste da França, que entrou em vigor às 11h em 11 de novembro de 1918.  

Brasil

O governo brasileiro não enviou representante de Brasília para a maior cerimônia diplomática do ano no mundo. Convidado de honra da França para a Cerimônia, por ter enviado tropas para lutar ao lado dos aliados – embora não tenham participado dos combates –, o Brasil não será representado nem pelo presidente, Michel Temer, nem pelo chanceler, Aloysio Nunes Ferreira, nas solenidades realizadas neste fim de semana na capital francesa. O governo brasileiro será representado apenas pelo seu embaixador em Paris.

Segurança

Diante do calibre das personalidades presentes, um importante dispositivo de segurança foi implementado na cidade. Algumas das principais avenidas que cercam o Arco do Triunfo foram fechadas e o acesso restrito aos estacionamentos da região. No final da tarde, a região do Museu d’Orsay, onde o presidente francês Emmanuel Macron recebe os chefes de Estado e de governo para um jantar, também foi cercada. Mais de 10 mil homens foram mobilizados para garantir a segurança em Paris.
A polícia francesa informou que nenhum tipo de ameaça terrorista foi feita para esse fim de semana, mas que a precaução é necessária diante do histórico de atentados na cidade. Além dos homens colocados à disposição por Paris, alguns líderes trouxeram seus próprios serviços de proteção, como o presidente norte-americano Donald Trump. 
Manifestante
Polícia prende mulher que se manifestava contra o presidente Donald Trump  Foto: Jacquelyn Martin/ AP

Antes da cerimônia, uma manifestante de topless correu em direção à carreata que transportava o presidente dos EUA, ao longo da Champs-Elysées. Com a frase "falso pacificador" pintada no corpo, a mulher chegou a poucos metros da carreata, o que levantou dúvida sobre a segurança, mas ela acabou sendo detida rapidamente. / Reuters/AP

O Estado de S.Paulo