Ferreira acompanhou a comitiva do presidente eleito nesta terça-feira . Ele coordenou o grupo de militares que atuou na campanha junto com Augusto Heleno, general da reserva que também estará no ministério. Ferreira não foi indicado formalmente para a equipe de transição, mas ele já coordena o grupo de Infraestrutura. Todos os demais coordenadores de grupos que foram anunciados até agora já foram confirmados como ministros: Paulo Guedes, Heleno e Marcos Pontes.
General da reserva, Ferreira encerrou a carreira no ano passado como chefe do Departamento de Engenharia do Exército, depois de ter atuado também como comandante da região Norte. Participou do início da obra da BR-163, entre o Mato Grosso e o Pará, durante a ditadura militar e assinou no ano passado convênio para que o Exército conclua os últimos quilômetros da obra, o que deve ocorrer até 2019.
Desde o início da campanha Bolsonaro deu diversas declarações sobre indicar um general para cuidar da área de Infraestrutura. O presidente eleito afirmou que essa medida seria importante para evitar práticas de corrupção. A área de Minas e Energia deve ter um ministério separado, ficando a pasta com Transportes, Portos e Aviação. Na mesma entrevista em que elogiou Ferreira, Bolsonaro disse que não está definido o número de ministros que virão da caserna.
— Estamos conversando, não tem nada definido ainda não — disse o presidente eleito.
Bolsonaro também falou que o general Heleno poderá ser transferido de área. O presidente eleito disse preferir que ele assuma o Gabinete de Segurança Institucional, que é vinculada à Presidência, em vez da Defesa, como anunciado antes. Bolsonaro disse que caberá a Heleno decidir. Presente na coletiva, Heleno respondeu apenas que "vai pensar" sobre a proposta.