segunda-feira, 12 de novembro de 2018

"Em Princeton, Armínio Fraga já revelava sintomas de sucesso"

Conheci Armínio Fraga em Princeton em 1981. Eu, pesquisador visitante do Institute for Advanced Studies, na Escola de Matemática - anos antes Fernando Henrique Cardoso tinha sido visitante da Escola de Ciências Sociais -, e Armínio Fraga recém chegada da PUC do Rio de Janeiro.

Armínio iniciava o seu doutoramento em economia na Universidade de Princeton.

Mesmo com interesses distintos, tínhamos uma interação intelectual vigorosa.

E nos visitávamos com frequência.

Jantares, almoços.

Em mais de uma ocasião, eu disse a Joana, minha esposa, que em algum momento Armínio teria uma posição de destaque no Brasil. Na iniciativa privada ou em governos.

Em Princeton, Armínio Fraga já revelava sintomas de sucesso.

Sob FHC, foi presidente do Benco Central, respeitado internacionalmente.

Na iniciativa privada, é sócio-fundador da Gávea Investimentos, e um dos economistas mais influentes do Brasil.

Estava certo em minhas previsões, reveladas ao próprio Armínio,

Mesmo sendo de matemática pura, e não economia, não me foi difícil reconhecer no economista uma capacidade analítica notável.

Em 1985, obteve o título de doutor em Economia pela Universidade Princeton  - tese: Empréstimos Internacionais e Ajuste Econômico)

Armínio é, ou foi, membro de diversas organizações internacionais, incluindo o Group of Thirty (Grupo dos Trinta), o Conselho Internacional do banco JP Morgan, o Conselho do China Investment Corporation, o Council on Foreign Relations (Conselho de Relações Internacionais), a Junta de Assessores ao Presidente do Foro de Estabilidade Financeira, a Junta Assessora de Pesquisas do Banco Mundial, o Diálogo InterAmericano e a Junta de Diretores de Pro-Natura Estados Unidos

Frederico Vasconcelos Xavier
Professor da Texas Christian University
e ex-professor da Universidade de Notre Dame