O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, elogiou a decisão de Sergio Moro de trocar a magistratura pelo cargo de ministro da Justiça. Considerou-a ‘bastante positiva para a causa anticorrupção e para o país.”
Dallagnol escreveu no Twitter: “Há muito tempo falo que, hoje, é mais importante para o país mudar o ambiente que favorece a corrupção do que futuros resultados da Lava Jato. Há muitas propostas substanciais, como as 10 Medidas e as Novas Medidas, que poderão ser apreciadas, aperfeiçoadas e aprovadas.”
Acrescentou: “Como ministro da Justiça, o juiz Sergio Moro poderá impactar ainda órgãos muito importantes para o controle da corrupção, como a Polícia Federal, a CGU e o COAF, ampliando sua influência positiva dos casos em Curitiba para todo o país.”
O chefe da Lava Jato deu de ombros para a acusação de que Moro deixou-se seduzir pela política: “Se o juiz Moro tivesse aspiração política, ele poderia ter se tornado presidente ou senador nas últimas eleições com alta probabilidade de êxito. Mentiras como essa serão repetidas, mas não vão abalar a Lava Jato…”
O procurador enalteceu as qualidades de Moro: “O que vejo é, sim, uma pessoa que já demonstrou, com árduo trabalho, elevada qualidade técnica e muito sacrifício pessoal ao longo de 4 anos, que se somaram a uma trajetória pretérita respeitada, o seu comprometimento com o interesse público, com o serviço à sociedade e com o país.”
Dallagnol enxerga o futuro com otimismo: “Vejo ainda o aproveitamento de uma oportunidade pelo juiz para dar o seu melhor a fim de construir uma sociedade com mais justiça social, mais democracia e mais segurança, assim como menos corrupção, menos impunidade e menos crime organizado.”
Quanto à Lava Jato, “seguirá com outros magistrados”, anotou Dallagnol. “Há ainda bastante por fazer e será feito. Perde-se o grande talento de um juiz, mas a maior parte da equipe seguirá firme lutando contra a corrupção, como profissionais, na operação, e como cidadãos.”
Com Blog do Josias, UOL