NOVA YORK - O economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, disse quarta-feira, 14, durante um evento do banco em Nova York, que com a aprovação da reforma da Previdência no próximo ano, as agências de classificação de risco Moody’s e S&P deverão elevar a nota soberana do Brasil entre 12 e 18 meses. “Com as reformas fiscais avançando, talvez o País volte a ser ‘investment grade’ em três anos.” O chamado grau de investimento é como um selo de bom pagador.
Honorato também disse que, com o pleno funcionamento do teto de gastos no Brasil em quatro ou cinco anos, o que vai requerer necessariamente uma reforma previdenciária, os juros básicos e de financiamentos serão menores e haverá maior protagonismo de empresas na participação do Produto Interno Bruto (PIB). “Esse é um dos fatores que tornam a reforma da Previdência tão imperativa a ser adotada no curto prazo”, comentou, no evento a investidores internacionais.
“Foi muito positivo o que o vice-presidente eleito Hamilton Mourão afirmou ontem (quarta-feira) conosco”, destacou Honorato. Mourão apontou por videoconferência realizada pelo Bradesco BBI na terça-feira que a nova administração vai trabalhar nos primeiros cem dias para adotar reformas da Previdência Social e tributária, além de reduzir a idade penal no País para baixar a criminalidade. Ele também defendeu a privatização de estatais e ressaltou que Bolsonaro defende que a BR Distribuidora seja vendida para o setor privado.
Ricardo Leopoldo, correspondente, O Estado de S.Paulo