Após a indicação de Roberto Castello Branco para a presidência da Petrobras, antecipada pelo Estado nesta segunda-feira, 19, os papéis da estatal abriram o pregão em queda. As ações iniciaram os negócios em baixa de 1,11% (ON) e 1,20% (PN). Pela manhã, os ADRs da estatal brasileira de petróleo - papéis da companhia negociados em Nova York - estavam em baixa em torno de 1,5%.
Perto das 11h, no entanto, os papéis viraram e passaram a subir, 0,53% (ON) e 1,12% (PN). Os preços do petróleo também avançam nesta manhã. O barril de petróleo WTI para dezembro sobe 0,37%, cotado a US$ 56,89 e o Brent para janeiro avança 0,12%, a US$ 66,84 por barril.
A Bolsa também opera em queda nesta segunda-feira, que deve ter liquidez reduzida por causa do feriado desta terça-feira. Às 10h26, o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, apresentava queda de 1,05%. O movimento também é uma correção dos fortes ganhos da última sexta-feira, quando fechou aos 88.515,27 pontos, em alta que beirou os 3%.
O dólar tem alta frente o real e chegou a registrar máxima a R$ 3,7623 (+0,64%) em meio a um movimento de realização de ganhos, após ter acumulado queda de 2,31% nas últimas duas sessões, avalia o economista-chefe da corretora Spinelli, André Perfeito.
Ele diz que o mercado ajusta o dólar após a queda forte da moeda registrada na quarta (-1,13%) e na sexta-feira (-1,20%) passada em meio ao salto da Bolsa acima dos 88 mil pontos na última sessão. "É uma correção de mercado, que de modo geral está reagindo bem às indicações que vem sendo confirmadas para compor a equipe econômica do futuro governo", avalia o economista.
Ações da Petrobras
A indicação de Roberto Castello Branco à presidência da estatal foi bem recebida pelo mercado financeiro. Especialistas avaliam o nome como um sinal positivo na gestão da política de preços de combustíveis. A leitura é de que o economista, que já ocupou cargos de direção no Banco Central e na mineradora Vale, é um nome com reconhecimento do mercado e que pode manter uma política de reajustes de preços equalizada com as oscilações no mercado internacional.
Simone Cavalcanti, Silvana Rocha e Dayanne Sousa, O Estado de S.Paulo