quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

"Caderneta de poupança perde espaço, mas segue como principal aplicação", por Maria Cristina Frias

Marcos Santos//USP Imagens
Caderneta de poupança registrou entrada líquida de R$ 1,881 bilhão em novembro
Folha de São Paulo


A caderneta de poupança perdeu espaço como opção de investimento de quem consegue chegar ao fim do mês com dinheiro, mas ainda é, disparada, a forma mais popular de aplicação.

Os dados são da Fecomércio RJ, que faz pesquisas sobre o tema há dez anos.

A entidade monitora o que as famílias fazem com os recursos que sobram para ter indícios do comportamento do consumidor.

O auge da dominância da poupança foi em 2012, quando 88% dos respondentes disseram optar por ela.

Hoje, eles são 76% dos que têm recursos para aplicar.

A perda relativa de número de poupadores aconteceu em razão das altas das taxas de juros no passado recente, diz Gloria Amorim, diretora de políticas e estratégias da Fecomércio RJ.

Outras opções passaram a chamar a atenção -em 2012, 3% dos entrevistados disseram que tinham dinheiro em fundos de renda fixa, contra 7% no ano passado.

"Os bancos de varejo também começaram a atuar de forma mais forte com orientação aos correntistas nos últimos anos", afirma.

A preponderância da caderneta é explicada por desconhecimento de alternativas e por ela prescindir de negociação com corretor, segundo Marcia Dessen, especialista em finanças pessoais e colunista da Folha.

"A taxa é TR mais 0,5%, não precisa barganhar. Nos fundos de investimento, os pequenos poupadores são penalizados –a tarifa de administração come parte significativa da rentabilidade."
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Presença nordestina

A MRV lançará até março deste ano seu primeiro empreendimento no Piauí. O Estado é o único do Nordeste que ainda não tem projetos da construtora.

O aporte previsto no condomínio com conclusão prevista para 2019 é de R$ 47 milhões. O público-alvo serão beneficiários das faixas 2 e 3 do Minha Casa, Minha Vida.

Os investimentos da MRV deverão ser maiores se o governo aumentar o teto da renda do Minha Casa, Minha Vida 3, hoje em R$ 6.500, ou criar uma faixa 4, diz o copresidente Rafael Menin.

"Alguma novidade [sobre o aumento do limite] deverá sair entre março e abril."

"O alargamento permitirá que empresas vendam no MCMV unidades que hoje seriam financiadas pelo SBPE (sistema de poupança e empréstimo). A diferença de juros entre as duas é de aproximadamente 3% ao ano."

A companhia também acaba de comprar outro terreno em Teresina, diz Yuri Chalin, diretor comercial da MRV para o Nordeste.

"É um mercado com grande demanda e pouca concorrência. Nos últimos dois anos, adquirimos muitos e bons terrenos nas capitais."

R$ 456 milhões
foi o lucro líquido da MRV entre janeiro e setembro de 2016

R$ 498 milhões
é a estimativa de investimento em terrenos no ano passado
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Um ano de sinistros

Os resgates, indenizações e benefícios pagos pelas companhias de seguros aos seus clientes cresceram 10,7% entre janeiro e novembro de 2016, na comparação com o mesmo período de 2015.

"A sinistralidade aumentou –o número de roubos subiu, as condições das estradas pioraram, e tudo isso impacta o negócio", diz Marcio Coriolano, presidente da CNSeg (confederação do setor).

A receita foi 8,2% mais alta no acumulado até novembro –até o fim do ano, a expectativa da associação é que o crescimento seja de 9%.

Em termos nominais, o desempenho em 2016 foi mais baixo que o de anos anteriores –em 2012, por exemplo, as seguradoras faturaram 21,1% mais que em 2011.

A desaceleração aconteceu por conta da recessão, afirma Coriolano. Diferentes segmentos tiveram comportamentos distintos. Os seguros para carros, por exemplo, caíram 2,7%.

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Hora do café
com FELIPE GUTIERREZTAÍS HIRATA e IGOR ITSUMI