| Gregory Bull - 26.nov.2004/Associated Press | |
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| Toys R Us na Times Square, em Nova York |
THAIS BILENKY
DE NOVA YORK
Folha de São Paulo
DE NOVA YORK
Folha de São Paulo
Na fila do caixa, pronta para desembolsar US$ 100 em presentes de Natal para os seis netos, a faxineira polonesa Jolanta Losewicz, 50, estava inconformada que aquela seria sua última compra na famosa loja de brinquedos Toys"R"Us da Times Square, em Nova York.
Ela planejava trazer as crianças para conhecer a roda-gigante que atravessa três andares antes de a unidade fechar as portas, no dia 30, após 14 anos. "Que triste.
Esta loja é mágica."
A gigante dos brinquedos, que tem quase 2.000 pontos de venda em 40 países, informou que não renovará o aluguel em 2016. O custo do imóvel onde está localizada a mais célebre das Toys"R"Us, na Broadway com a rua 44, dobrou desde a inauguração, em 2001 -quando foi anunciado aluguel de US$ 12 milhões anuais.
A rede procura endereço nas redondezas, mas, por enquanto, os consumidores só acumulam perdas.
Em julho, a FAO Schwarz da Quinta Avenida, outra tradicional loja de brinquedos do mesmo grupo, fechou a unidade depois de 153 anos em que serviu de paraíso para crianças e cenários de filmes como "Quero Ser Grande" (1988), com Tom Hanks.
Os dois pontos estão localizados em endereços dos mais caros de Nova York.
A opção sobrevivente, a loja da Disney, também na Times Square, é mais cara, reclamam consumidores.
PERDA
Ao saber do fechamento da Toys"R"Us, Beavette Loney, 43, veio de Maryland para que a filha e a sobrinha pudessem conhecer a loja que permeou o seu imaginário infantil. Ela comprou uma bolsa com tema dos anos 1970 para guardar de recordação. E aproveitou a queima de estoque para levar presentes de Natal com 90% de desconto para toda a família. "É uma tremenda perda", comentou.
Na segunda (21), prateleiras vazias e funcionários incertos sobre o futuro não pareciam incomodar a multidão que entrava e saía da casa da Barbie de dimensões humanas, perdia-se na Candy Land, o canto dos doces, e jogava videogame, alheia a drones sobrevoando suas cabeças.
SEGURANÇA
Mas o segurança Andre Henry, 39, já tinha acionado a nostalgia. Ele tentou o emprego por nove anos até consegui-lo, seis anos atrás. Agora acabou.
"Aqui é o centro do universo. É a Times Square", orgulha-se. "O melhor é que você conhece gente do mundo inteiro." Brasileiros e italianos não faltam, relata; artistas agitam sua rotina. Mas é das crianças que ele mais sentirá falta.
Henry se tornou uma espécie de bedel e se acostumou a mandar estudantes que cabulavam aula de volta para a escola. "Com videogame e balas não tem competição", sorria. "Foi um prazer."
Ela planejava trazer as crianças para conhecer a roda-gigante que atravessa três andares antes de a unidade fechar as portas, no dia 30, após 14 anos. "Que triste.
Esta loja é mágica."
A gigante dos brinquedos, que tem quase 2.000 pontos de venda em 40 países, informou que não renovará o aluguel em 2016. O custo do imóvel onde está localizada a mais célebre das Toys"R"Us, na Broadway com a rua 44, dobrou desde a inauguração, em 2001 -quando foi anunciado aluguel de US$ 12 milhões anuais.
A rede procura endereço nas redondezas, mas, por enquanto, os consumidores só acumulam perdas.
Em julho, a FAO Schwarz da Quinta Avenida, outra tradicional loja de brinquedos do mesmo grupo, fechou a unidade depois de 153 anos em que serviu de paraíso para crianças e cenários de filmes como "Quero Ser Grande" (1988), com Tom Hanks.
Os dois pontos estão localizados em endereços dos mais caros de Nova York.
A opção sobrevivente, a loja da Disney, também na Times Square, é mais cara, reclamam consumidores.
| Thais Bilenky/Folhapress | ||
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| Beavette Loney com a filha e a sobrinha na Toys"R"Us da Times Square |
PERDA
Ao saber do fechamento da Toys"R"Us, Beavette Loney, 43, veio de Maryland para que a filha e a sobrinha pudessem conhecer a loja que permeou o seu imaginário infantil. Ela comprou uma bolsa com tema dos anos 1970 para guardar de recordação. E aproveitou a queima de estoque para levar presentes de Natal com 90% de desconto para toda a família. "É uma tremenda perda", comentou.
Na segunda (21), prateleiras vazias e funcionários incertos sobre o futuro não pareciam incomodar a multidão que entrava e saía da casa da Barbie de dimensões humanas, perdia-se na Candy Land, o canto dos doces, e jogava videogame, alheia a drones sobrevoando suas cabeças.
| Thais Bilenky/Folhapress | ||
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| O segurança Andre Henry ao lado da roda gigante da loja |
SEGURANÇA
Mas o segurança Andre Henry, 39, já tinha acionado a nostalgia. Ele tentou o emprego por nove anos até consegui-lo, seis anos atrás. Agora acabou.
"Aqui é o centro do universo. É a Times Square", orgulha-se. "O melhor é que você conhece gente do mundo inteiro." Brasileiros e italianos não faltam, relata; artistas agitam sua rotina. Mas é das crianças que ele mais sentirá falta.
Henry se tornou uma espécie de bedel e se acostumou a mandar estudantes que cabulavam aula de volta para a escola. "Com videogame e balas não tem competição", sorria. "Foi um prazer."
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