| Jose Luis Magana - 15.out.2014 /Associated Press | |
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| A presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, lê documentos em encontro do FMI, em Washington |
THAIS BILENKY - Folha de São Paulo
Em discurso sobre a "recuperação significativa" daeconomia dos EUA, a presidente do Federal Reserve (banco central americano) reforçou a expectativa deaumento dos juros no país em dezembro.
Além de citar dados positivos do mercado de trabalho e demonstrar confiança na elevação da inflação, Janet Yellen alertou para os riscos de adiar mais uma vez a decisão na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do ano, daqui a duas semanas.
"A economia percorreu um longo caminho em direção aos objetivos do Fomc de pleno emprego e estabilidade de preços", discursou, no Clube Econômico de Washington, nesta quarta-feira (2).
Se o Fed mantiver a taxa em seu patamar atual, próxima de zero, por um longo período, disse Yellen, "provavelmente acabaríamos sendo forçados a apertar a política monetária abruptamente. Isso poderia perturbar mercados financeiros e até levar a economia, inadvertidamente, à recessão".
Dada como provável por diversos analistas, o aumento esperada dos juros em dezembro não deverá ser superior a 0,25 ponto percentual.
Os Estados Unidos mantêm a taxa básica praticamente zerada desde 2008 em resposta à crise global.
A expectativa provoca turbulência nos mercados, uma vez que o aumento pode motivar a saída de recursos hoje aplicados em mercados emergentes como o Brasil para os Estados Unidos.
No Brasil, apesar da sinalização de aumento de juros nos Estados Unidos, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, encerrou esta quarta-feira com desvalorização de 0,40%, para R$ 3,845 na venda.
Na decisão dos investidores, pesaram mais as incertezas sobre a aprovação dameta fiscal para 2015 pelo Congresso e as discussões sobre a cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
LIVRO BEGE
Estudo do Fed divulgado na quarta sobre o desempenho econômico em 12 regiões dos EUA é consistente com a avaliação de Yellen, porém cauteloso.
O livro bege, como é conhecido o documento, apontou expansão tímida em quase todas as áreas entre meados de outubro e 20 de novembro.
O consumo cresceu em praticamente todo os Estados Unidos. Vendas de veículos leves foram "robustas" nas últimas semanas, impulsionadas pelo preço baixo do combustível.
O mercado imobiliário e de construção civil melhorou, e os preços, em geral, ficaram estáveis.
Os empregos aumentaram modestamente. Muitas regiões indicaram que as contratações foram impulsionadas por vagas temporárias e funções pouco qualificadas que estavam sendo resolvidas com alocação de pessoal, apontou o livro bege.
A maioria das regiões apontou pressão salarial apenas para funções qualificadas ou para aquelas com escassez de mão de obra, ainda que algumas partes do país viram pressões por aumentos generalizadas.
Em discurso sobre a "recuperação significativa" daeconomia dos EUA, a presidente do Federal Reserve (banco central americano) reforçou a expectativa deaumento dos juros no país em dezembro.
Além de citar dados positivos do mercado de trabalho e demonstrar confiança na elevação da inflação, Janet Yellen alertou para os riscos de adiar mais uma vez a decisão na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do ano, daqui a duas semanas.
"A economia percorreu um longo caminho em direção aos objetivos do Fomc de pleno emprego e estabilidade de preços", discursou, no Clube Econômico de Washington, nesta quarta-feira (2).
Se o Fed mantiver a taxa em seu patamar atual, próxima de zero, por um longo período, disse Yellen, "provavelmente acabaríamos sendo forçados a apertar a política monetária abruptamente. Isso poderia perturbar mercados financeiros e até levar a economia, inadvertidamente, à recessão".
Dada como provável por diversos analistas, o aumento esperada dos juros em dezembro não deverá ser superior a 0,25 ponto percentual.
Os Estados Unidos mantêm a taxa básica praticamente zerada desde 2008 em resposta à crise global.
A expectativa provoca turbulência nos mercados, uma vez que o aumento pode motivar a saída de recursos hoje aplicados em mercados emergentes como o Brasil para os Estados Unidos.
No Brasil, apesar da sinalização de aumento de juros nos Estados Unidos, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, encerrou esta quarta-feira com desvalorização de 0,40%, para R$ 3,845 na venda.
Na decisão dos investidores, pesaram mais as incertezas sobre a aprovação dameta fiscal para 2015 pelo Congresso e as discussões sobre a cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Estudo do Fed divulgado na quarta sobre o desempenho econômico em 12 regiões dos EUA é consistente com a avaliação de Yellen, porém cauteloso.
O livro bege, como é conhecido o documento, apontou expansão tímida em quase todas as áreas entre meados de outubro e 20 de novembro.
O consumo cresceu em praticamente todo os Estados Unidos. Vendas de veículos leves foram "robustas" nas últimas semanas, impulsionadas pelo preço baixo do combustível.
O mercado imobiliário e de construção civil melhorou, e os preços, em geral, ficaram estáveis.
Os empregos aumentaram modestamente. Muitas regiões indicaram que as contratações foram impulsionadas por vagas temporárias e funções pouco qualificadas que estavam sendo resolvidas com alocação de pessoal, apontou o livro bege.
A maioria das regiões apontou pressão salarial apenas para funções qualificadas ou para aquelas com escassez de mão de obra, ainda que algumas partes do país viram pressões por aumentos generalizadas.
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