Wagner de Oliveira disse não guardar mágoas de ninguém, apesar de ter ficado com o equipamento dois meses além do prazo necessário
Na terça-feira 29, o ex-morador de rua Wagner de Oliveira, de 50 anos, ficou livre da tornozeleira eletrônica que usava desde 8 de janeiro de 2023, em virtude da manifestação em Brasília. Mesmo absolvido em agosto deste ano e com a certidão de trânsito em julgado publicada em setembro, Oliveira ainda usava a tornozeleira. A Justiça reconheceu não haver provas contra ele, que frequentava o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército apenas para se alimentar e ter companhia. Ele descobriu que havia sido inocentado durante uma conversa com a reportagem, que o procurou para saber como estava a vida fora do cárcere.
Nem a Defensoria Pública da União (DPU) que cuida do caso dele, o Supremo Tribunal Federal (STF) ou o Tribunal de Justiça do Distrito Federal o informaram a respeito do veredito. Depois da denúncia de Oeste, a DPU acionou imediatamente o ministro do STF Alexandre de Moraes e pediu a remoção da tornozeleira. Dessa forma, a polícia cumpriu a ordem do juiz do STF. “Não tenho mágoas, nem rancor de ninguém”, disse Oliveira, em um vídeo de agradecimento enviado à coluna (veja o vídeo abaixo).
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Revista Oeste