domingo, 28 de fevereiro de 2016

Nova York para quem quer gastar pouco ou (quase) nada


Memorial 11 de Setembro. Homenagem às vítimas do WTC, no Financial District, Manhattan - Marley White / Marley White//NYC&Company/Divulgação


Henrique Gomes Batista - O Globo



NOVA YORK - Em tempos de dólar a R$ 4, a criatividade vira aliada do turismo. E mesmo sendo uma das cidades mais caras — e interessantes — do mundo, Nova York oferece uma série de atrações gratuitas que seguram as despesas da viagem. Símbolo local (e do país) a Estátua da Liberdade está na lista. Para evitar o pagamento de US$ 25 e longas filas, é possível passar perto do monumento no ferry que serve a quem mora em Staten Island, em percurso de 20 minutos. Da barca, dá para tirar ótimas fotos. Não se pode saltar, mas, para muitos, o custo e a espera não valem a visita (siferry.com).

Outro passeio de ferry gratuito é o da Ikea, famosa rede sueca de lojas de móveis e decoração. Não há cobrança nos fins de semana, e nos dias úteis o bilhete sai por US$ 5. No trajeto, é possível curtir a vista de Manhattan (nywatertaxi.com/ikea).

No quesito ver a cidade do alto, também há opções favoráveis. Para evitar pagar US$ 32 pelas entradas do Empire State, One World (novo prédio no local do World Trade Center) e do Rockfeller Center, é possível desfrutar de uma vista deslumbrante, pagando apenas o valor do drinque — mais em conta e refrescante — do bar que fica no topo do prédio 230 da Quinta Avenida. Ou seja, dois programas num só. Não deixe de reservar e checar o menu em 230-fifth.com.

Para as quartas-feiras, o zoológico do Bronx (bronxzoo.com), que inspirou a animação Madagascar, troca o ingresso fixo de US$ 20 por taxa livre, paga de acordo com a disposição do visitante. O mesmo ocorre no Memorial 11 de Setembro (911memorial.org), com entrada livre no fim das terças-feiras, mas sempre com grande fila.

Os museus, que em geral cobram US$ 25, são flexíveis. No Metropolitan Museum of Art (metmuseum.org) e no Museu de História Natural (amnh.org), o valor do tíquete é sugerido (US$ 25 e US$ 22, respectivamente), mas o visitante pode optar por pagar menos, enfrentando, às vezes, a cara feia na bilheteria. Em outros, isso é mais organizado: no Guggenheim (guggenheim.org), o dia do “pague o quanto queira” é aos sábados, das 17:45 às 19:45. No MoMa (moma.org), entrada gratuita às sextas, das 16h às 20h. E a cidade ainda conta com vários museus gratuitos, que podem ser conferidos no site nyc-arts.org/collections/35/free-museum- days-or-pay-what-you-wish.

E um dos mais típicos eventos da cidade, uma missa gospel no Harlem, que vale por um show, tem muitas opções gratuitas, no domingo pela manhã. Ainda há a possibilidade de, usando o mesmo bilhete de metrô, ir no teleférico de Roosevelt Island, que permite uma vista única da ONU, do edifício Chrysler, do Queen e do Uptown Manhattan. (rioc.ny.gov/tramtransportation.htm).



Insetos da Malásia, Tailândia e Papua Nova Guiné, na obra de Jennifer Angus - Drew Angerer/The New York Times


EM WASHINGTON DC, GALERIA SURPREENDENTE

Depois de dois anos fechada, a Renwick Gallery (renwick.americanart.si. edu), a poucos passos da Casa Branca, em Washington DC, foi reaberta com a exposição “Wonder”, que conta com instalações surpreendentes de nove artistas plásticos contemporâneos. Um dos maiores sucessos da capital americana, a mostra, que é gratuita, vai até 10 de julho.

Estruturas e materiais inusitados, como insetos, borracha de pneus usados e a recriação de uma gigante árvore, apenas com madeira reciclada, recolocaram a galeria no mapa dos museus obrigatórios da cidade.