terça-feira, 7 de abril de 2015

Centrais pelegas ligadas à gangue Lula-Dilma protestam contra terceirização. No fundo pregam a defesa da corrupção e da impunidade

Veja


Sindicalistas apoiados pelo PT miram o Congresso Nacional, 

embora Dilma tenha restringido direitos trabalhistas e tente 

se aproximar do PMDB




Enquanto a presidente Dilma Rousseff tenta se acertar com os aliados do PMDB, as centrais sindicais e os movimentos sociais vinculados ao PT fazem nesta terça-feira uma série de protestos contra a terceirização e pró-Dilma, que terão como alvo principal justamente o Congresso Nacional. As centrais miram o Legislativo, comandado pelo PMDB, embora as últimas mudanças em regras de direitos trabalhistas tenham sido iniciativa do Palácio do Planalto. O PT dará suporte às manifestações.



Os atos estão marcados em doze capitais brasileiras. Além de palavras de ordem contra o impeachmentda presidente Dilma Rousseff, como ocorreu em 13 de março, entidades como a CUT, CTB e o MST vão protestar contra o projeto de lei que pode ser votado nesta terça na Câmara dos Deputados e altera o sistema de contratação de profissionais terceirizados. Uma reunião de líderes, à tarde, definirá se o projeto de lei 4330/04 será ou não votado em plenário. Além da pressão nas ruas, representantes dos trabalhadores estarão em Brasília para tentar convencer os deputados e o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a não votar o projeto.
"Estaremos focados no PL 4330 que, na nossa avaliação, é 1 milhão de vezes mais prejudicial aos trabalhadores que as MPs 664 e 665", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, referindo-se às medidas provisórias de Dilma que restringiram o acesso a direitos trabalhistas, como seguro-desemprego e pensão por morte.
De autoria do Executivo, as MPs causaram constrangimento na relação entre o governo e as centrais, e foram consideradas um estelionato eleitoral - na campanha presidencial Dilma prometeu que não mudaria direitos trabalhistas. Freitas diz que nesta terça as bandeiras pró-Dilma não serão prioritárias, embora estejam presentes nos atos. "Vamos focar no Congresso porque é lá que hoje estão as maiores ameaças aos direitos dos trabalhadores", afirmou o presidente da CUT.
Lula - Na semana passada, ao avaliar a repercussão dos protestos anti-Dilma de 15 de março, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o PT errou ao não apoiar os atos organizados dois dias antes pela CUT, CTB e MST. Um novo protesto nacional contra Dilma está agendado para o próximo domingo, dia 12.
O presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Adilson Araújo, diz que, apesar de o foco do protesto nacional ser o projeto de lei da terceirização, o desconforto com o governo ainda persiste, porque Dilma não recuou das MPs que restringem os benefícios trabalhistas. "Não ficou clara qual foi a flexão que o governo fez", disse Araújo. "Será uma contraposição à agenda regressiva de um Congresso mais conservador que na legislatura passada."
(Com Estadão Conteúdo)


Integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) protestam em frente ao prédio da Petrobras em São Paulo
Integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) voltam a protestar em 12 capitais(Eduardo Carmim/Folhapress)