sexta-feira, 1 de outubro de 2021

"Fique em casa. Economia a gente vê depois". Lembram? Então... O "depois" chegou..., escreve Felipe Fiamenghi

 

O problema é que existem pessoas que REALMENTE são convencidas por esse discurso. Isso é assustador, já que elas têm título de eleitor e nenhuma capacidade cognitiva.

As coisas estão caras. Óbvio que estão. Seria estranho se não estivessem. A inflação atual não assola somente o Brasil. É um fenômeno mundial e que já era esperado. "Fique em casa. Economia a gente vê depois". Lembram? Então... O "depois" chegou.

Os Estados Unidos vivem a maior inflação registrada em 13 anos. No Reino Unido é a maior dos últimos 5 anos e meio. É natural. Os pacotes econômicos de fomento ao mercado, que transferiram quantias imensas de dinheiro na pandemia, embora necessários, são essencialmente inflacionários. Regras básicas da economia. O mesmo aconteceu no "New Deal", após o crash da Bolsa de 1929, ou na pós crise do petróleo dos anos 70.

Quer julgar o governo (o mesmo que disse, desde o começo, que a "Terra Parada" traria consequências graves)? Então julgue pelos números de crescimento. A previsão para 2021, em plena recuperação de uma crise mundial, é de 4,7%. Um número que, nos governos anteriores, não estávamos atingindo nem nas épocas de bonança.

Vale lembrar que os que criticam são os mesmos que fizeram campanha pelo "fecha tudo" e que, quando eram governo, deixaram o Brasil em RETRAÇÃO econômica de -3,3% e inflação de 6,29% (maior do que a máxima atual, de 5,25%). Hipócritas!

Pra quem acha que está ruim, convido a fazer um pequeno exercício de imaginação e pensar como estaríamos se o resultado de 2018 fosse diferente e nosso presidente, durante a pandemia, fosse o Haddad. É só olhar para a Argentina, governada por um presidente "simpático" ao PT. Deus nos livre!

"A solução do governo para um problema é usualmente tão ruim quanto o problema." (FRIEDMAN, Milton)
Foto de Felipe Fiamenghi

Felipe Fiamenghi

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