"Facebook tira do ar rede de fake news ligada ao MBL antes das eleições." Com essa chamada da agência Reuters, acordei na última quarta (25). Descobri, então, que alguns perfis pessoais de coordenadores do MBL e algumas páginas regionais do movimento haviam sido derrubados.
Causou estranheza. Perfis pessoais de coordenadores não são utilizados para divulgar publicações, afinal, para isso servem as páginas. Além disso, a reportagem não apontou qual foi a tal notícia falsa que fez as páginas caírem.
Menos de duas horas depois, o Facebook lança uma nota esclarecendo que, na verdade, as contas não caíram por disseminar fake news, mas por "esconder das pessoas a natureza e a origem do seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação".
Engraçado. Pensei que, numa democracia, divisões fossem naturais e até desejáveis. Não há divisão em regimes totalitários. Em lugares como Cuba e Coreia do Norte, reina a ditadura do pensamento único.
À noite, quanto a notícia já havia rodado o mundo e sido replicada por toda a imprensa brasileira, a Reuters corrigiu a manchete, tirando a citação a fake news. Apenas mudaram o título, não escreveram nenhuma errata, e não deixaram claro na reportagem a razão pela qual o título havia sido alterado. Para aqueles que só viram a notícia à noite, pareceu que o jornalista não cometeu erro nenhum.
O estrago já havia sido feito. A mensagem transmitida pela mídia foi a de que uma rede obscura de fake news do MBL foi derrubada. Ironicamente, essa mensagem é pura fake news.
As palavras utilizadas pela rede social fazem parecer que uma grande e complexa rede obscura foi derrubada. Na verdade, as únicas páginas do movimento que foram censuradas foram as do MBL de São José dos Campos, de Taubaté, e do estado do Rio de Janeiro. Somadas, as curtidas dessas páginas não chegam a 70 mil.
Qual era a grande estratégia? Fazer um post na página do Rio e compartilhar na de São José e na de Taubaté para confundir os usuários quanto à origem do conteúdo?
Fazer com que os fluminenses não percebessem que estavam compartilhando o mesmo conteúdo divulgado no Vale do Paraíba? Será que os iluminados censores do Facebook não perceberam o pequeno detalhe de que todas essas páginas estampavam um "MBL" escrito em letras garrafais em suas respectivas capas?
A verdade é que, como o próprio Mark Zuckerberg admitiu quando questionado no Senado americano, há um forte viés de esquerda nos funcionários do Facebook. Perfis como os dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) vivem espalhando mentiras como a de que Lula foi condenado sem provas ou de que há interesses de bilionários americanos por trás do MBL. Nunca foram repreendidos.
Bastou a eleição se aproximar e o MBL agir para eleger candidatos liberais que suas páginas foram derrubadas. O caso não é sobre defender a direita. É sobre defender a democracia e a liberdade de expressão.
Se, no contrato com seus usuários, o Facebook se compromete a ser uma plataforma isonômica, então tem de ser. Por mais que seus funcionários discordem de nosso posicionamento, isso não lhes dá o direito de nos censurarem. Ou aceitam que vivemos numa democracia e temos um Estado democrático de Direito ou responderão por suas atitudes autoritárias na Justiça.
Causou estranheza. Perfis pessoais de coordenadores não são utilizados para divulgar publicações, afinal, para isso servem as páginas. Além disso, a reportagem não apontou qual foi a tal notícia falsa que fez as páginas caírem.
Menos de duas horas depois, o Facebook lança uma nota esclarecendo que, na verdade, as contas não caíram por disseminar fake news, mas por "esconder das pessoas a natureza e a origem do seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação".
Engraçado. Pensei que, numa democracia, divisões fossem naturais e até desejáveis. Não há divisão em regimes totalitários. Em lugares como Cuba e Coreia do Norte, reina a ditadura do pensamento único.
À noite, quanto a notícia já havia rodado o mundo e sido replicada por toda a imprensa brasileira, a Reuters corrigiu a manchete, tirando a citação a fake news. Apenas mudaram o título, não escreveram nenhuma errata, e não deixaram claro na reportagem a razão pela qual o título havia sido alterado. Para aqueles que só viram a notícia à noite, pareceu que o jornalista não cometeu erro nenhum.
O estrago já havia sido feito. A mensagem transmitida pela mídia foi a de que uma rede obscura de fake news do MBL foi derrubada. Ironicamente, essa mensagem é pura fake news.
As palavras utilizadas pela rede social fazem parecer que uma grande e complexa rede obscura foi derrubada. Na verdade, as únicas páginas do movimento que foram censuradas foram as do MBL de São José dos Campos, de Taubaté, e do estado do Rio de Janeiro. Somadas, as curtidas dessas páginas não chegam a 70 mil.
Qual era a grande estratégia? Fazer um post na página do Rio e compartilhar na de São José e na de Taubaté para confundir os usuários quanto à origem do conteúdo?
Fazer com que os fluminenses não percebessem que estavam compartilhando o mesmo conteúdo divulgado no Vale do Paraíba? Será que os iluminados censores do Facebook não perceberam o pequeno detalhe de que todas essas páginas estampavam um "MBL" escrito em letras garrafais em suas respectivas capas?
A verdade é que, como o próprio Mark Zuckerberg admitiu quando questionado no Senado americano, há um forte viés de esquerda nos funcionários do Facebook. Perfis como os dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) vivem espalhando mentiras como a de que Lula foi condenado sem provas ou de que há interesses de bilionários americanos por trás do MBL. Nunca foram repreendidos.
Bastou a eleição se aproximar e o MBL agir para eleger candidatos liberais que suas páginas foram derrubadas. O caso não é sobre defender a direita. É sobre defender a democracia e a liberdade de expressão.
Se, no contrato com seus usuários, o Facebook se compromete a ser uma plataforma isonômica, então tem de ser. Por mais que seus funcionários discordem de nosso posicionamento, isso não lhes dá o direito de nos censurarem. Ou aceitam que vivemos numa democracia e temos um Estado democrático de Direito ou responderão por suas atitudes autoritárias na Justiça.
Kim Kataguiri
Aluno do Instituto de Direito Público de São Paulo e coordenador do MBL (Movimento Brasil Livre)