O centrão formalizou nesta quinta-feira o apoio do grupo de partidos à candidatura de Geraldo Alckmin. O anúncio ocorreu em um hotel de Brasília. Parrticiparam da mesa representantes de DEM, PP, PR, PRB e SD. Alckmin diisse que está mais amadurecido do que em 2006, quando concorreu e perdeu para o PT de Lula.
- Estou muito feliz. Fui candidato em 2006, mas sinto um clima hoje totalmente diferente e me sinto até muito mais amadurecido para o momento em que vivemos, que não é um momento fácil. O caminho não é nem autoritarismo, nem populismo, mas a democracia, o diálogo que leva ao entendimento - disse Alckmin.
O evento teve início com a leitura de uma carta do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na qual ele abre mão de sua pré-candidatura ao Planalto. Maia está no Estados Unidos para não ter de assumir a Presidência durante viagem de Michel Temer. A carta foi lida pelo presidente do DEM, o prefeito de Salvador (BA) ACM Neto.
Na carta, Maia destaca suas viagens pelo país como pré-candidato e afirma que abre mão de sua postulação pela união do grupo em torno de Alckmin. Afirma que será candidato à reeleição para deputado federal pelo Rio. Justifica a desistência para evitar que o país sofra retrocesso.
"A historia não nos dá o direito de andar para trás", escreveu Maia na carta.
Emissário do comandante do PR, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, o deputado Milton Monti (SP) citou o filósofo Aristóteles para defender a união do grupo em torno da candidatura à Presidência de Geraldo Alckmin (PSDB), ao dizer que "a virtude está no meio". Apesar da fala, o Partido da República quase fechou apoio ao nome de Jair Bolsonaro (PSL-RJ), líder nas pesquisas mais recentes, e só desistiu de apoiar o pré-candidato porque o PSL não aceitou o acordo, como queria Valdemar, de ajudar a inflar a bancada do PR na Câmara dos Deputados.
Monti defendeu a construção de um consenso por parte do bloco do centrão.
- Quando esse grupo se alinha e vê em vossa excelência o amálgama capaz de construir esse consenso, de nos conduzir àquilo que o Brasil precisa, nós então decidimos nos alinhar a essa ideia - afirmou o deputado do PR.
Por Bruno Góes, Cristiane Jungblut, Eduardo Bresciani e Leticia Fernandes, O Globo